A estratégia de comunicação de Melania Trump, que basicamente consiste em falar e aparecer o mínimo necessário, geralmente funciona. Mas nesse começo de semana a primeira-dama dos Estados Unidos passou a ser duramente criticada nas redes sociais tão logo anunciou seu mais novo projeto: a renovação completa do lendário Jardim de Rosas da Casa Branca, um espaço exterior da residência oficial que fica logo atrás do Salão Oval, o local de trabalho do presidente Donald Trump, e é onde ele costuma receber convidados ilustres para tête-à-tête mais íntimos.
A bordo de saltos altíssimos e vestindo um sobretudo de grife, a mulher do republicano aparecia sorridente em uma imagem de arquivo registrada em outra ocasião por um fotógrafo oficial e usada para ilustrar o anúncio segurando uma pá e tudo, mas há quem diga que o momento é péssimo para se pensar em paisagismo, já que o mundo continua enfrentando uma pandemia descontratada que fez o PIB do país presidido pelo marido dela desabar 32,9% só no segundo trimestre. A tal foto, aliás, já foi retirada das contas oficiais da presidência dos EUA na internet.
Criado em 1913 por Ellen Louise Axson Wilson, mulher do então presidente americano Woodrow Wilson, o famoso “Rose Garden” do número 1600 da Pennsylvania Avenue de Washington foi reformulado em tamanha escala pela última vez em 1961, durante o governo de John F. Kennedy, pela paisagista e socialite Rachel Lamberg Mellon. O local é composto por rosas de todos os tipos, algumas nomeadas em homenagem a personalidades como Pat Nixon (mulher do ex-presidente americano Richard Nixon) e a rainha Elizabeth II. (Por Anderson Antunes)