Primeiro medalhista da história das Olimpíadas de Inverno nascido nos anos 2000, o americano Red Gerard levou o ouro na semana passada na prova de snowboard dos jogos de PyeongChang, na Coreia do Sul, e logo se tornou um dos atletas mais celebrados nos Estados Unidos, apontando até como o “próximo Shaun White”, em referência ao astro do snowboarding. Aos 17 anos, no entanto, ele cogita abandonar a competição para se dedicar à outra carreira: a de dublê de filmes de ação e de comerciais.
Por incrível que pareça, o jovem prodígio do esporte tem mais chances de ganhar altas somas de dinheiro fazendo piruetas na frente das câmeras, em trabalhos que rendem cachês entre US$ 50 mil (R$ 162,4 mil) e até US$ 1 milhão (R$ 3,25 milhões) para profissionais do naipe dele. Gerard, que já atuou em duas produções do estilo, já avisou que pretende aproveitar a fama que conquistou em PyeongChang para fazer esse tipo de job.
Apesar de ser o país no mundo que melhor paga seus atletas, os EUA ainda tratam profissionais do “surfe na neve” com um certo desdém. Salvo raríssimas exceções, como é o caso do próprio White, que também está na Coreia do Sul e mantém uma gama de contratos publicitários com marcas que lhe rendem perto de US$ 10 milhões (R$ 32,5 milhões) por ano. (Por Anderson Antunes)