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Por Michelle Licory

Marta Macedo recebe as noivas mais ‘cool’ do Rio em uma casa no Jardim Botânico, um projeto da sogra dela, a arquiteta Ana Maria Indio da Costa, onde funciona seu ateliê e a loja da Martu, sua marca de prêt-à-porter, focada na linha festa. Quem já escolheu a estilista para o grande dia? As mais recentes são Yasmine Paranaguá, a neta de Glorinha Paranaguá que casou com o príncipe João Philippe de Orleans e Bragança, e Fiorella Mattheis, que optou por uma pegada “flower power” para oficializar a união com o judoca Flavio Canto. Mas há uma lista interminável que inclui Adriana Esteves, Vanessa Lóes e Paula Braun, a mulher de Mateus Solano. Na ficção, ela já assinou vários vestidos, como o da Donatella de “A Favorita”, papel de Claudia Raia, e o da personagem de Grazi Massafera em “Aquele Beijo”. Mas, apesar de realizar sonhos em branco e rendas, Marta nunca casou. Quer dizer: ela é mulher de Guto Indio da Costa, seu segundo marido. A questão é que, em nenhuma das duas vezes [a primeira foi com o ator Bruno Garcia], Marta fez questão de cerimônia ou de uma roupa tradicional de noiva. Casa de ferreiro, espeto de pau…

* “Comecei fazendo figurino para cinema e teatro. Oito anos depois, fui trabalhar na Maria Bonita. A marca estava no auge e foi lá que me apaixonei por acabamentos sofisticados. Não sei fazer nada baratinho, blusa de varejo.” Hum, então uma parceria com uma dessas gigantes de fast fashion nem pensar? “Sou superbarroca. Gosto de minuciosidade, exclusividade. Não dá pra fazer coisa de boa qualidade com custo muito baixo, por isso não consigo concorrer com a China ou a Índia.” Depois da Maria Bonita… “Fui ajudar na estruturação da multimarcas carioca Alberta. Era muito legal, eu ia para os showrooms fora do país. E aí senti a necessidade de ter algo meu. Abri em casa um ateliê de roupas sob medida. Na sequência, comecei a vender pequenas coleções em algumas multimarcas pelo Brasil. Já tinha os contatos e conhecia o mercado: sabia quanto tinha que custar e qual era a demanda. Meu investimento inicial não foi grande… Aqui ninguém pira, é um passo de cada vez. Eu colocava os vestidos na mala, viajava e, na hora de mostrar para os compradores, eu mesma provava. Fui crescendo de maneira orgânica.”

* Hoje à frente da bem sucedida Martu, que ela define como “chique, mas despojada”, Marta, modesta que só, ainda solta esta: “Não sou prendada.” Como assim? “Sou muito impaciente e não consigo ficar duas horas em cima de uma peça. Tenho uma equipe que me entende.” Pra quem não sabe, ela também assinou o vestido que Jackie de Botton, produtora de “Lixo Extraordinário” – sobre o trabalho de Vik Muniz em Gramacho -, usou no Oscar no ano em que o documentário foi indicado. “Foi todo feito de lixo recolhido lá mesmo. Tinha tule em tirinhas com fita de vídeo, cabo de computador, parafuso, saco de batata… Tudo virou paetê”, brinca. Sobre o estilo de noiva escolhido por Yasmine, ela resume: “Foi um vestido fora da curva, para uma princesa ícone, uma jovem que segura uma licença poética. Fiquei nervosa. Eram 180 metros de tecido em uma peça além do comum, do esperado, mas não ficou ‘over’.” Já o de Fiorella… “Aí foi bem boho, quase hippie, em um clima de jardim inglês. Trouxe a renda de Nova York e rebordei toda. A guirlanda de flores não é minha, mas no fim achei que combinou.”

Marta dando os últimos retoques em um vestido no ateliê

* A estilista jura que não perde tempo idealizando ver as filhas de branco. “As coisas mudaram. As noivas são workaholics. Muitas pagam o próprio vestido, ao invés da família. O casamento não é mais o último passo do processo de educação de uma moça por seus pais. São outros códigos. Cada uma faz o que dá na cabeça. Vai que uma filha minha quer uma cerimônia Hare Krishna ou algo no Taiti a dois? Não fico sonhando. Mas talvez eu mesma me vista de noiva… Vou fazer 10 anos de união com meu marido. Quem sabe?”

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