O ano está na reta final, mas ainda em tempo de Mario Testino, 64 anos, voltar ao trabalho. O fotógrafo, que por anos foi o mais bem pago e famoso do mundo, tendo como clientes até a família real britânica, ressurgiu recentemente na Ásia. A discrição em que o peruano tem se mantido desde que as acusações de assédio sexual vieram à tona foi quebrada recentemente, quando ele foi contratado por um grupo de millennials do Sudeste asiático para uma sessão privada de fotos. Segundo o jornal “South China Morning Post”, Testino teria viajado para Yangon, Myanmar, no fim de novembro, onde ele e sua equipe conheceram Ivan Pun Chi-ching, fundador da Pun + Projects, empresa de lifestyle que controla a operação de restaurantes e galerias em Yangon e Hong Kong. Pun confirmou à publicação que Testino está trabalhando em “projetos pessoais pelo mundo” no momento, e acrescentou: “Eu não estou trabalhando em um projeto com o Mario. Ele é apenas um amigo que estava passando pela cidade, então mostrei a ele e sua equipe alguns espaços antigos.”
Testino se manteve longe dos holofotes desde o início de 2018, quando uma matéria publicada pelo “The New York Times” o acusou de ter cometido assédio sexual a 13 modelos masculinos. Testino nega as acusações, mas desde então ele tem sido evitado pela indústria da moda. Grandes editoras anunciaram que não trabalhariam mais com ele diante das denúncias, e marcas de luxo cortaram relações com o fotógrafo, que ao longo de 30 anos de carreira clicou nomes que vão de Lady Di a Madonna, Gisele Bündchen até Oprah Winfrey.
Em tempo: Além de Testino, os fotógrafos de moda Bruce Weber, Patrick Demarchelier e Terry Richardson também foram acusados de comportamento inadequado nos últimos anos.