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Mariana Ximenes, Julia Anquier, Debora Bloch e a manifestação na rua || Créditos: Juliana Rezende
Mariana Ximenes, Julia Anquier, Debora Bloch e a manifestação na rua || Créditos: Juliana Rezende

Aconteceu nessa quinta-feira a noite de abertura do Festival do Rio, no tradicional Cine Odeon, no centro da cidade. Na calçada, um protesto contra a censura, provocado por conta das recentes polêmicas envolvendo exposições de arte e a questão do nu, da erotização e da sexualidade. Muitos gritos eram direcionados ao prefeito dos cariocas, Marcelo Crivella, que vetou a vinda da exposição “Queermuseu” – fechada no Santander Cultural, em Porto Alegre, após ser acusada de propagar a pedofilia e zoofilia – para a cidade em um vídeo publicado em seu FaceBook. “Saiu no jornal que ia ser no MAR. Só se for no fundo do mar. No Museu de Arte do Rio, não”.

Confuso, no texto do post que vem antes do vídeo ele na verdade critica uma outra manifestação artística polêmica, a performance de Wagner Schwartz na mostra Panorama da Arte Brasileira no MAM de São Paulo, misturando os dois assuntos. “Não é legal estimular uma criança a tocar em um homem nu em ‘nome da arte’. É preciso respeitar a família, vamos cuidar das nossas crianças!”

Voltando ao festival… Assim que viu a manifestação, Debora Bloch, uma das convidadas, não pensou duas vezes: pegou uma das placas de “Censura Nunca Mais” e levantou, posando para os fotógrafos, ao lado da filha, Julia Anquier, que vai lançar seu filme no evento, “Adeus à Carne”, escrito e dirigido pela jovem e estreante cineasta.

A gente quis saber o que fez Debora tomar essa atitude de improviso. “O que me levou a participar do protesto é estarmos vivendo um momento muito grave de censura à arte, ignorância em relação ao papel do artista e da cultura no Brasil. A gente tem que resistir. Censura nunca mais!”

Já dentro do cinema, Mariana Ximenes, escolhida para apresentar a cerimônia, entrou na onda e levantou a mesma placa no palco. Na saída, ela explicou: “O festival tem que resistir. Aliás, todo mundo que faz cultura e arte no país tem que ter resistência, sim. A gente está vivendo um momento bem delicado, um momento político, um momento de censura, e arte não pode ter censura. Na verdade, o festival é resistente e está cada vez mais diverso. Acho que o caminho é esse: pensar na diversidade”.

Até quando foi comentar sobre seu look, Mariana fez link com o tema. “É Prada, um vestido com humor, divertido. A gente está precisando de humor nessa vida, nesse momento censura. Humor e resistência. Estava vendo o protesto e bati palmas. Acima de tudo sou uma cidadã. Somos todos. Temos que lutar pela cidadania e pela liberdade de expressão”, disse a atriz, mesmo cansada. “Estou tombada, cheguei de viagem hoje”, explicou, pedindo para a entrevista ser breve. Deu tempo de ela confirmar que está na minissérie “Se Eu Fechar os Olhos” junto com Murilo Benício e Antonio Fagundes. E boa noite. (por Michelle Licory)

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