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Mariana Ferrão
Divulgação

Jornalista especializada em saúde, Mariana Ferrão já usava suas redes e a popularidade como apresentadora do programa “Bem Estar”, que apresentou por 8 anos na Globo, para se conectar com os seguidores e se aprofundar sobre temas relacionados à saúde mental. Desde 2019, quando deixou a emissora para se dedicar à Soul.Me., sua empresa de palestras focada em autocuidado, Mariana passou também a dar treinamentos em empresas e percebe que, aos poucos, o tema tem sido levado mais a sério.

“Percebo que com a pandemia [problemas como depressão e burnout] também estão acontecendo nos níveis de alta gestão. Isso faz com que os gestores comecem a entender e transformem a cultura das empresas”, disse ela na live com Joyce Pascowitch, nesta segunda-feira (07), em que falaram sobre saúde mental.

Nas rodas de conversa de que participa, a jornalista disse ter ouvido de uma médica que desejava há algum tempo ter câncer, “para que fosse autorizada a alguém olhar para ela, e não só ela a olhar para outros”, lembrou. “Os profissionais de saúde estão enfrentando um desgaste inimaginável há mais de dois anos. É mais provável que uma pessoa com mais senso de responsabilidade tenha burnout do que quem vive na boa”, disse.

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No papo com Joyce, a jornalista falou ainda sobre os casos recentes de atletas que desistiram de competições para tratar da saúde mental, como a ginasta americana SImone Biles e o surfista brasileiro Gabriel Medina. Na opinião de Mari, para além da cobrança enorme que atletas olímpicos sofrem e se impõem, há um lado positivo nessa demonstração de vulnerabilidade.

“Acho fantástico que isso aconteça porque o atleta é um herói. Quando um herói cai e fracassa, eu me sinto autorizada a fracassar também. Isso é muito curador. A gente está precisando de humanidade, precisando entender que somos humanos”, disse.

Depressão na adolescência

Filha de mãe psicóloga e neta de um psiquiatra, Mariana Ferrão começou a conviver muito cedo com o tema -e também por uma experiência pessoal. Na adolescência, teve um quadro de síndrome do pânico associado a depressão. “Fiquei dois meses sem sair do quarto. Foi uma fase muito difícil. Cheguei a pensar em me matar várias vezes”, contou. “Minha mãe falou: Se você não quiser se ajudar, ninguém vai conseguir te ajudar. Essa frase mudou minha vida.”

Superada essa fase, a jornalista que hoje pratica tai chi chuan e dá palestras sobre como ter uma vida mais equilibrada, também deixou três dicas para uma rotina mais saudável. “É preciso tentar dormir bem, evitando telas no mínimo uma hora antes de dormir. Ter uma alimentação saudável, ou seja, aquela que faz bem para você. Aproveitar cada refeição como oportunidade de autoconhecimento. E, por último, ter um atividade física diária. Encontrar aquela que te faz feliz.”

Mariana também citou a gratidão como uma das emoções que, quando praticada, ajudam a melhorar nossa saúde mental. “A gratidão é uma das emoções mais protetoras da nossa saúde que existem, além do perdão.”

Assista ao vídeo com o bate-papo completo:

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