Por Verrô Campos
Maria Rita traz para São Paulo, nos dias 23 e 24 deste mês, o show “Coração a Batucar”, todo de sambas. Aproveitamos para um bate-papo com a cantora sobre São Paulo, Elis, sua relação profissional com o marido Davi Moraes e, claro, samba. Voilà!
Você chega a São Paulo com o show “Coração a Batucar”, todo de samba. Você concorda com o título da cidade de túmulo do samba?
De forma alguma! Isso é muito antigo. Às vezes eu brinco com os músicos quando sai algo errado nos ensaios: “Tem paulista no samba”, mas não. Nossas escolas, desfiles, as composições e sambas são maravilhosos, tenho no meu show composições dos paulistas do Samba da Vela. Alto lá! Túmulo do samba?
Como é a sua relação com São Paulo?
Estou animada em me apresentar por aqui. São Paulo é a minha cidade, a minha casa, foi onde pisei no palco pela primeira vez. Nasci na Serra da Cantareira, morei aqui até os 16 anos. Tenho aquela relação de amor e ódio com a cidade, típica dos paulistanos.
O musical “Elis, a Musical”, sobre sua mãe, também está em cartaz na cidade. Você já assistiu?
Não consegui, estava na produção do disco e depois do nascimento de minha filha, Alice, fiz uma cirurgia de hérnia, tive que ficar dois meses de cama, ainda sinto dor. Mas pretendo sim, tudo o que diz respeito a minha mãe me interessa. Tenho certeza de que o espetáculo está em boas mãos: Denis Carvalho (o diretor) é um eterno apaixonado por Elis, o texto é do Nelson Motta e a produção do Calainho. Melhor, impossível. Mas vou por curiosidade, deve ser muito emocionante, a vida da minha mãe foi muito emocionante.
Como é trabalhar com o seu marido, Davi Moraes, no show? (é ele quem comanda a banda)
É muito tranquilo, foi Davi quem me ajudou a montar a banda, ele é muito profissional, trabalha desde os 17 anos, quando começou com o pai, Moraes Moreira. O marido fica na coxia, a gente é parceiro, tem uma admiração mútua.
No show você tem uma parceria com Fause Haten, que assina cenário e figurino. Você é ligada em moda?
Muito, desde a minha adolescência. Vejo a moda como expressão artística, sou muito próxima do Fause e também do Paulo Borges (idealizador da SPFW).
Como você sentiu a morte de Jair Rodrigues no dia 8 deste mês?
Eu não era tão próxima dele, até por uma questão geográfica, não tive essa felicidade… Quando estivemos juntos, ele foi carinhosíssimo, um fanfarrão, é o que quero guardar dele. Era impressionante, não dava para dizer a sua idade. Tenho uma relação com despedida um pouco complexa porque, ao mesmo tempo que é difícil para mim -tive que lidar com isso muito cedo na minha vida- eu compreendo. Acho que ele está bem.
SERVIÇO:
MARIA RITA – Turnê “Coração a Batucar”
Patrocínio: SKY
Realização: TIME FOR FUN
Data: 23 e 24 de maio de 2014
Horário: Sexta-feira e Sábado às 22h.
Local: Citibank Hall – Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro.