Em 2006, Maria Beltrão comandava pela primeira vez a festa do Oscar na Globo, ao lado do saudoso José Wilker. E a apresentadora comemora 15 anos à frente da transmissão neste domingo, dia 25, quando a premiação vai ao ar ao vivo no Globoplay e no G1, a partir de 19h30, e na TV Globo, depois do BBB. Os comentários serão de Dira Paes e Artur Xexéo. José Wilker, parceiro de Maria, vai ser homenageado por Marcelo Adnet na descontraída transmissão do Globoplay, que começa às 20h e terá ainda a participação de Paulo Vieira e Luciana Paes. Confira entrevista com Maria Beltrão sobre o Oscar.
Este ano você completa 15 anos à frente da apresentação da cerimônia do Oscar na Globo. Como encara essa trajetória?
Lembro bem da minha primeira transmissão do Oscar, quando encontrei o José Wilker pela primeira vez. Minha missão nunca foi comentar os filmes, mas dar a maior quantidade de informações para quem estiver assistindo. A principal diferença entre 2006 e 2021 é que eu ganhei mais segurança.
Por causa das restrições da pandemia, ficou mais difícil ver os filmes indicados?
Consegui ver 43 filmes, incluindo as principais indicações. Mas lamento muito não ter a experiência do cinema este ano. É diferente ir ao cinema, ver o trabalho na tela grande. Mas consegui me preparar bem para fazer esta apresentação.
É uma edição do Oscar atípica O que você está esperando desta cerimônia?
Será interessante porque teremos o Teatro Dolby, que sempre é o cenário do Oscar, apenas como palco das apresentações musicais. E a Union Station como o lugar onde os indicados receberão os prêmios. Como muitos atores que moram na Europa não poderiam pegar um avião neste momento para acompanhar a cerimônia nos Estados Unidos, eles terão dois pontos, um em Londres e outro em Paris.
A festa deste ano também marca a força feminina no cinema. Pela primeira vez teremos duas mulheres concorrendo à Melhor Direção. Viola Davis se tornou a atriz negra com maior número de indicações. Como você vê isso?
O Oscar também tem esse papel de refletir o que está sendo debatido na sociedade. Sem dúvida a presença feminina vem aumentando. Ainda está aquém do que deveria ser, mas já vemos uma mudança, com duas mulheres sendo indicadas à Melhor Direção, algo que nunca havia acontecido. Ouso dizer que a Chloé Zhao deve ganhar por “Nomadland”. A Viola Davis merece todos os prêmios. E este ano a briga está muito bonita. A Frances McDormand está impecável em “Nomadland”. Temos também a Carey Mulligan, de “Bela Vingança”, espetacular.