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Marella Agnelli Caracciolo || Créditos: Reprodução
Gianni e Marella Agnelli || Créditos: Reprodução

Na era de ouro das socialites, quando estas chamavam tanta atenção quanto as estrelas de cinema, a italiana Marella Agnelli Caracciolo estava entre as maiores “superstars” do seleto clube formado pelas mulheres que eram famosas simplesmente em razão do pedigree, da elegância e, tão indispensável quanto esses dois atributos, da capacidade de capturar imediatamente para si a atenção de todos ao seu redor. Justamente por isso, não é exagero dizer que um capítulo dos mais glamourosos do mundo dos muito ricos chegou ao fim neste sábado, com a notícia de que Marella morreu em sua casa em Turin, na Itália, aos 91 anos, de causas naturais. Um funeral que promete juntar gente vinda dos quatro cantos do mundo já está sendo preparado.

Descrita como “o último Cisne” por Truman Capote, em razão do look sofisticado que escolheu para ir ao “Black and White ball” que parou Nova York em novembro de 1966, Marella tinha tudo que uma socialite necessitava naqueles tempos: a origem nobre (o pai dela, Filippo Caracciolo, foi o nono príncipe de Castagneto), e o dinheiro, ao qual teve acesso quando se casou, em 1953, com o lendário presidente da Fiat Gianni Agnelli, uma espécie de “rei informal” da Itália temido e respeitados por todos. Os dois tiveram dois filhos, Margherita e Edoardo, este último morto em 2000, em um aparente suicídio. Aparente porque os mais príncipes do “príncipe”, como Edoardo era chamado, nunca acreditaram que ele teria tido a coragem de tirar a própria vida e sempre suspeitaram de um possível crime. Avó de oito netos, Marella passou seu últimos anos temendo que o mais notório deles, o playboy Lapo Elkann, eventualmente tivesse o mesmo fim.

Assim como todas as mulheres de renome de sua época, ela posou para os fotógrafos mais hypados e apareceu em todas as revistas de moda importantes. Com casas em Nova York, Londres, Paris e Roma, as festas que deu nestas residências entraram para a história. A reinvenção veio no começo dos anos 1970, quando Marella aceitou um job como desenvolvedora de tecidos e estampas para a empresa têxtil suíça Abraham Zumsteg, que também lhe rendeu parcerias com marcas do mesmo segmento como a Ratti (italiana), a Steiner (francesa), e as americanas Martex e Marshall Field. A partir dos anos 1980, ela começou a publicar livros, sempre autobiográficos e recheados de fotos exclusivas de seus melhores momentos pensadas sob medida para aqueles que sonhavam em ter um lifestyle tão interessante como o seu. Colecionadora de arte, Marella também foi presidente da Pinacoteca Giovanni e Marella Agnelli, com sede em Turin, e uma das maiores doadoras do Museu de Arte Moderna de NY. (Por Anderson Antunes)

Marella Agnelli Caracciolo || Créditos: Reprodução

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