Um problema que tem sido mais comum do que se imagina nesses tempos de pandemia é a depressão. Mais um efeito colateral da Covid-19. Afinal de contas, não tá fácil para ninguém lidar com a triste realidade pela qual estamos passando há mais de um ano. Foi o que aconteceu com Marco Nanini. O ator teve Covid-19 logo no início do isolamento social, mas com sintomas leves. Infelizmente com a cabeça não foi assim. Aos 72 anos, Nanini revelou ter passado por uma “depressão profunda”.
“Tenho uma depressão que vai e volta, e desta vez foi profunda. Via TV e ficava arrasado, as pessoas morrendo, as imagens dos lugares que eu frequentava, os restaurantes, os teatros, tudo fechado. Também a falta de convívio com o povo da cultura foi um baque. Sem conviver, a gente não se ouve, não se conecta. Do ponto de vista individual é triste e para a cultura, um problema. Aliás, ela nunca foi tão maltratada como agora. Me espanta que, no meio disso tudo, com a pandemia ainda nos assombrando, as pessoas consigam ir para a rua dançar e fazer festa”, disse ele em entrevista à Veja Rio.
Mas Nanini conseguiu superar esse momento difícil com trabalho e está na contagem regressiva para voltar aos palcos. O ator está prestes a estrear uma montagem diferenciada do clássico “As cadeiras”, de Eugène Ionesco. Tudo online, como mandam os novos tempos.
Ele e Camila Amado dividem cena revestidos por uma bolha de plástico, protegidos da pandemia do coronavírus, e criando um paralelo com a obra, que narra a preparação de um encontro para revelar uma grande descoberta: o sentido da vida. A peça foi filmada e será disponibilizada como um média metragem. A direção é assinada por Fernando Libonati, marido, produtor e sócio de Marco Nanini no Galpão Gamboa e do Reduto, em Botafogo.