Por Thayana Nunes
Uma das galerias mais importantes do mundo das artes, a Pace Gallery, aterrissou no Brasil pela primeira vez nesta semana. É um dos destaques da SP-Arte 2013, ocupando um espaço privilegiado do Pavilhão da Bienal e dona de uma das obras mais caras desta edição do evento, “Joel”, de Chuck Close. Para celebrar essa estreia, Marc Glimcher, proprietário da Pace, está no Brasil e, além de visitar a feira todos os dias, ganhou um jantar em torno de sua presença na casa de Kim Esteve e Barbara Leary nessa quinta-feira. Glamurama entrevistou Marc.
– Gostou do Brasil? “Maravilhoso, nunca mais vou embora daqui (risos). Liguei para casa e mandei trazer as crianças, a mulher. Eu gostaria, mas não, acho que não. Brincadeira… O Brasil é onde devemos estar neste momento, toda a energia de Nova York agora está aqui. Os colecionadores estão entendendo, a educação artística dos brasileiros é muito alta. Colecionadores sérios, estou muito impressionado.”
– Mas ainda não possuem nenhum artista brasileiro na Pace… “Nós queremos, absolutamente. Para você ter uma ideia, estamos aqui com as obras da Pace de Londres. Quando resolvemos vir à SP-Arte, os responsáveis por Londres me disseram: ‘Somos nós que vamos ao Brasil’. Eu pensei: ‘Como assim, Nova York que deveria estar lá’. E me disseram: ‘Bom, vocês tiveram 15 anos para fazer isso e não fizeram.'”
– Vi você e Vik Muniz no maior bate-papo por aqui… “Vik é um dos meus amigos mais antigos. Ele vem brigando comigo há anos para eu vir ao Brasil, 15 anos na verdade. Estou tentando que ele venha para a Pace, qual é o problema desse cara?! Ele é uma pessoa muito leal e possui um grande representante em Nova York, com quem trabalha.”
– E Elizabeth Esteve? Como a escolheram para representar a Pace por aqui? “Ela é uma mulher que faz parte dessa comunidade, seu pai, toda sua família. Só irei aonde ela disser que eu devo ir agora. Ela está nos preparando para estar no lugar certo, na hora certa. O Brasil.”
– Vocês trouxeram Chuck Close, Alexander Calder, Yoshimito Nata… Por que escolher esses artistas dentre tantos que possuem na Pace? “Se você vem ao Brasil e traz o que acha que é arte brasileira, primeiro você vai errar. Você tem que trazer a sua arte. Ter essa ideia de trazer uma obra com estilo brasileiro é subestimar completamente sua audiência. Trouxemos peças que possuem uma conexão com o Brasil. Alexander Calder, por exemplo, tem uma relação antiga com o país.”