Um dos convidados mais celebrados no Fórum Econômico Mundial desse ano, em Davos, na Suíça, David Solomon – o poderoso CEO do Goldman Sachs – revelou nessa quinta-feira a um repórter do canal de notícias econômico americano “CNBC” que o entrevistou a mais nova regra do maior banco de investimentos do mundo: não aceitar preparar a oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) de empresas que não tenham pelo menos um membro “diversificado” em seus conselhos, o que passa a valer a partir de 1o de junho e, de 2021 pra frente, o número mínimo será dobrado. “Sob um ponto de vista de governança, esse tipo de diversidade em conselhos é muito, muito importante”, explicou o executivo.
Apesar de não ter especificado o que quis dizer por “diversificado”, Solomon é entusiasta da ideia de que mais mulheres deveriam estar em posições de comando de empresas, e também foi dele a decisão anunciada no começo do ano passado de criar um fundo de US$ 500 milhões (R$ 2,08 bilhões) só para investir em negócios liderados por elas, tanto os já estabelecidos quanto os que ainda estão na fase de levantamento de créditos para sair do papel.
Dito isso, o Goldman também tem um ótimo motivo para focar nas ideias delas, já que nos últimos quatro anos as companhias que fizeram seus IPOs com a ajuda do gigante das finanças que apresentaram os melhores retornos depois da estreia na bolsa foram justamente aquelas que tinham pelo menos uma mulher na diretoria. (Por Anderson Antunes)