Lívian Aragão começou cedo na profissão fazendo participações nos filmes do pai, Renato Aragão. Sua primeira incursão em novelas foi em ‘Flor do Caribe’, que está sendo reprisada na TV Globo. Na época com 13 anos, ela interpretou Marizé na trama de Walter Negrão, filha de Bibiana (Cyria Coentro) e Donato (Luiz Carlos Vasconcelos). Aos 21 anos, a atriz guarda boas lembranças das gravações e conta como está sendo rever esse trabalho agora.
O que você achou de ‘Flor do Caribe’ ter sido escolhida para ser reexibida neste momento?
Achei maravilhoso! É uma novela leve e gostosa de assistir. Fiquei muito emocionada quando soube dessa notícia. Foi a primeira novela que fiz e me marcou muito. A personagem veio em uma crescente, se envolvendo em outras tramas ao decorrer da obra. Tive a oportunidade de contracenar com grandes atores e seres humanos maravilhosos. Aprendi muito como atriz!
O que significou ‘Flor do Caribe’ na sua trajetória?
Foi um grande divisor de águas pra mim. Foi a minha primeira novela e meu primeiro trabalho grande na televisão sem meu pai. Lembro que estava muito nervosa antes do primeiro dia de gravação. Mas assim que cheguei no set fui recebida com tanto amor e carinho que guardo esses momentos no meu coração.
Tem alguma característica ou algo que você tenha aprendido com a personagem e que ficou pra sua vida?
Aprendi muito com a Marizé. É uma personagem que, apesar de muito nova, na pré-adolescência, é madura e tem personalidade. Acho isso muito lindo na Marizé.
Que cena gostaria de rever?
A que uns personagens faziam bullying com a Marizé e jogavam ketchup nela. Por mais que seja uma cena tensa e difícil, amei gravar! Lembro direitinho que tive que mudar de blusa umas 10 vezes. Foi bem difícil porque essas sequências que precisam “dar certo”, tem muita tensão da equipe toda. Mas assim que dá certo, é uma alegria geral!
Que momento das gravações você lembra com mais carinho?
Tive o privilégio de contracenar com Laura Cardoso. Ela me deu conselhos que levo para vida. Tenho na minha memória ela olhando pra mim e dando dicas. Sempre me emociono quando lembro. Outros dois atores que me ajudaram a crescer muito com atriz são Cyria Coentro e Luiz Carlos Vasconcelos, que fizeram meus pais na novela. A Cyria é uma atriz sensacional. Ela é muito engraçada e adora fazer piadas no set. Mas quando falam “ação”, imediatamente volta pro personagem com uma rapidez impressionante. Me inspiro muito nela. O Luiz Carlos é um ser humano maravilhoso! Lembro que a primeira cena que gravei foi com ele, era uma cena difícil do reencontro familiar em que o personagem dele voltava da cadeia. Estava nervosa porque era uma cena de emoção! Mas o Luiz pegou nas minhas mãos, olhou nos meus olhos e disse “que bom te rever, filha”. Nesse momento, já nos conectamos como personagens e atores.
Como foi trabalhar com Jayme Monjardim e Walter Negrão?
Foi maravilhoso! Eu tinha acabado de cursar teatro na Stagedoor Manor, em Nova York, e o Jayme me ligou fazendo o convite da novela. Ele me disse no telefone que o Walter Negrão queria muito que eu fizesse a Marizé. Tremi no telefone! (risos) Foi maravilhoso trabalhar com eles. A história e as tramas do Walter são incríveis e o Jayme tem uma delicadeza no set.