Cleo é puro poder. Se revezando entre o mundo da música e da atuação, ela tem chamado atenção mais do que nunca nas redes sociais levantando a bandeira da autoaceitação. “O que mais ajuda é o apoio das pessoas à minha volta, o acolhimento delas e, além disso, sentir minhas questões e dores validadas”. Cleo conversou com a gente durante evento da Seara, em São Paulo, e falou sobre críticas, carreira e como é se sentir uma mulher superpoderosa.
Glamurama: De uns tempos para cá você se tornou um símbolo de resistência, autoaceitação. O que faz para se sentir bem com você mesma?
Cleo: Bacon… mentira! (risos) O que mais ajuda é o apoio das pessoas à minha volta, o acolhimento delas e, além disso, sentir minhas questões e dores validadas. Acho que todo mundo precisa desse apoio.
Glamurama: Como você acha que ajuda as outras pessoas?
Cleo: Tento ser o que acho que seria importante pra mim. Quando eu tenho uma questão, gosto de ser ouvida, que alguém esteja ali para mim e que não fale “Ah, vai passar”, “não é assim” ou “sua vida é perfeita”. Tem que ter acolhimento e dar espaço para a pessoa ser quem ela é.
Glamurama: Você lida bem com as críticas, tanto da sua vida pessoal quanto profissional?
Cleo: Ninguém gosta de críticas e eu reajo dependendo da fase em que estou.
Glamurama: Algum projeto novo na música?
Cleo: Vou fazer um ‘feat’ com a Pocah, que é uma artista de que gosto muito e gosto da história dela, acho uma mulher forte, super independente. Quero sempre me unir a pessoas que admiro. Recentemente tive que tirar um cisto nas cordas vocais e estou me recuperando. Não posso cantar ainda, só a partir de outubro, então não dá para finalizar as músicas agora.
Glamurama: E como atriz? O que vem por aí?
Cleo: Lançamos ‘Legalidade’ no Festival de Gramado, um projeto que fiquei muito feliz de participar. O filme resgata a campanha civil e militar liderada por Leonel Brizola (1922-2004), então governador do Rio Grande do Sul, para garantir a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961… E ainda tem mais dois longas para lançar, entre eles “Terapia do Medo”, em que interpreto irmãs gêmeas.
Glamurama: Nesse momento você está curtindo mais ser cantora ou atriz?
Cleo: Me sinto muito privilegiada em atuar e fazer música. Eu não conseguiria escolher uma opção, sou feliz fazendo as duas coisas.
Glamurama: Você tem várias tattoos espalhadas pelo corpo. Três delas são novinhas: flor de lótus no braço, título de seu álbum Jungle Kid, no pescoço, e símbolos nos dedos. Qual o significado de sua nova tattoo na mão?
Cleo: Algumas são da minha ancestralidade. Fiz um teste de DNA e na minha piscina genética os genes mais fortes são os ciganos e vikings. Então tatuei runas vikings na minha mão. Ainda vou fazer uma tattoo cigana. (por Luzara Pinho)