A reunião do colégio de líderes de partidos esquentou nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados. Pelo menos seis partidos se pronunciaram abertamente contra a manutenção do presidente da Casa no cargo. PSOL, Rede, PPS, PSDB, PSB e DEM comunicaram a Eduardo Cunha (PMDB) que vão impedir votações no plenário da Câmara até que ele se afaste da presidência. Uma maneira de alcançar esse objetivo é não dar quórum (não registrar a presença parlamentar em plenário).
Em uníssono, Cunha ouviu de colegas, mais uma vez e a portas fechadas, que não tem “autoridade moral” para se sentar na cadeira de presidente. O peemedebista reagiu friamente. Lacônico, respondeu a alguns parlamentares com um simples “pois não”. O tom discrepante ficou por conta do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-PE). O petista disse que ao governo interessa que a Câmara funcione normalmente. “Ter o Eduardo Cunha na presidência é uma anomalia”, reagiu o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). (Por Malu Delgado)