Puxe assunto com Letícia Sabatella sobre “O Dono do Mundo”, novela de Gilberto Braga qe foi sua estreia na TV e está sendo reprisada no canal a cabo Viva. Ela vai tentar mudar o assunto para “Babilônia”, trama do mesmo autor que está no ar, na Globo. “Adoro o Gilberto Braga. Queria estar no elenco de ‘Babilônia’. Acho que é uma novela que vai entrar para a história, mesmo… Assim como muitas novelas que não foram sucesso na época entraram para história, tipo ‘Saramandaia’. São tramas que não foram unanimidade porque traziam alguma coisa para cutucar, provocar um pouco mais o telespectador. As pessoas precisam ver ‘Babilônia’. ‘O Dono do Mundo’ é legal, mas tenho um pouco de medo de estarem me assistindo. Eu era péssima atriz. Pelo amor de Deus! Eu não consigo me ver.” Para Letícia, tudo melhorou pra ela de lá pra cá. “Modéstia à parte, acho que fiquei até mais bonita.”
Ela está de volta em “Amorteamo”, série de melodrama fantasmagórico dividida em cinco capítulos. “Todo mundo tem um lado sombrio. Quando pequenos, somos mais livres. Depois começamos a nos culpar e a nos idealizar. Acho que, por um tempo, me idealizei. E fiquei valorizando qualquer fagulha de qualquer coisa. Antigamente eu sempre ia tentando alargar meu limite, como se fosse muito capaz. Eu queria perseguir uma generosidade absoluta, que é utopia. É preciso equilíbrio. Hoje reconheço que sou luz e sombra, ser humano, e que posso sentir inveja, mágoa, ciúme e medo”, filosofa.
Letícia interpreta Arlinda, que vê seu amante [Daniel de Oliveira] ser assassinado pelo marido [Jackson Antunes]. Ele volta da morte para estar com ela. “Imagina! No começo, é uma utopia realizada, é o sonho que ela não podia ter sonhado melhor. Mas nada é como antes. A vida é cheia de movimento e o que eles viveram era uma ideia que ficou no passado. Depois precisa chegar um reconhecimento de que é preciso aceitar a morte, o fim”.
O tema mexe bastante com a atriz. “À medida que vou experimentando perdas irrevogáveis, me preparo para a minha própria morte. Vai ficando mais barato morrer. Acho a perda bem pior. Eu sou muito contra morte, brigo mesmo, não gosto, não”.
Sobre a rotina de gravações… “Cansa. Tem dias que chego esgotada em casa. Mas o set é bastante amoroso e a gente se diverte pra caramba nos bastidores. Eu acho que tenho uma experiência que permite que eu me divirta fazendo todo sofrimento que eu faço”.