Letícia Birkheuer, que faz sua estreia no teatro nesta quinta-feira com “Até o Sol Nascer” no Solar de Botafogo, no Rio, conversou com a gente na véspera. “A peça tem uma energia bem pesada. Choro muito em cena. Quando volto pra casa, demoro umas três, quatro horas pra me acalmar.” A atriz interpreta uma modelo melancólica que vive a solidão do mundo moderno. Tanto que decide contratar um garoto de programa.
“Outro dia o Alexandre [Furmanovich, marido dela] perguntou se eu estava deprimida. Expliquei que era porque tinha achado o tom da personagem. Ele nunca me viu trabalhando depois que estamos juntos. Ficou um pouco chocado. ” Então, Alexandre entrou no nosso papo. “É uma experiência nova pra mim e o texto é polêmico. Não fiquei com ciúme, e sim orgulhoso. Ela se expressa muito bem. Mas é pesado, sim. Você fica mexido, sente a solidão da modelo… Alguém que tem tudo e não tem nada, que é sozinha. Aliás, como todos nós somos. Muitas de repente não tem é a coragem de chamar um garoto de programa.”