Quase cinco anos depois da morte de Prince, por overdose acidental aos 57 anos, a disputa pelo multimilionário espólio dele continua rendendo processos nos Estados Unidos. O último foi aberto recentemente pelo Internal Revenue Service (IRS), o leão americano, que acusa os responsáveis pela administração da fortuna deixada pelo intérprete de “Purple Rain” de terem subvalorizado seus bens.
Dessa vez, os alvos da ação são os advogados da firma Comerica Bank & Trust, que receberam anos atrás da justiça americana a tarefa de avaliar o patrimônio de Prince, e que então estimaram em US$ 82,3 milhões (R$ 422,4 milhões) – bem abaixo dos US$ 300 milhões (R$ 1,54 bilhão) que chegaram a ser atribuídos ao músico pela mídia.
O IRS, no entanto, discorda da veracidade dessa soma, e afirma que Prince tinha pelo menos US$ 163,2 milhões (R$ 837,5 milhões). A diferença, apontou o órgão governamental, deveria resultar em mais US$ 32,4 milhões (R$ 166,3 milhões) de impostos a serem pagos sobre o montante e que teriam sido supostamente sonegados.
A turma da Comerica garante que fez tudo certo, e por isso já pediu que um julgamento sobre o caso seja iniciado. Mas isso poderia resultar em ainda mais gastos para os herdeiros de Prince, já que uma nova disputa lhes custaria alguns outros milhões em honorários advocatícios.
Há quem diga que o interesse da Comerica é justamente esse, mas o fato é que toda a situação é realmente muito complicada. Como Glamurama contou em abril de 2016, Prince não tinha um testamento preparado, o que gerou vários problemas. A confusão é tamanha que até a Igreja das Testemunhas de Jeová, da qual o cantor era membro, chegou a ser cogitada como beneficiária de seu dinheiro. (Por Anderson Antunes)