Você provavelmente já se deparou com a #JulhoSemPlástico pelas redes. O movimento, que surgiu em 2011 por iniciativa do Earth Carers Waste Education, programa de educação comunitária que ensina práticas para reduzir o desperdício no dia a dia, ganhou adeptos ao redor do mundo ao fazer um apelo para a população evitar ao máximo o material durante o mês de julho.
Atualmente, a fundação Plastic Free July, fundada por Rebecca Prince-Ruiz, uma das principais ativistas ambientais do mundo, promove uma campanha que tem um objetivo simples: reduzir a poluição plástica, com alertas especiais neste mês.
Por aqui, dados coletados pela ONG Oceana Brasil que, entre as ações, lidera iniciativas para a redução de plásticos descartáveis, são produzidas anualmente cerca de sete milhões de toneladas de plástico e 325 mil toneladas acabam no oceano, além disso o país não recicla nem 25% dos resíduos gerados. A maioria dos itens descartáveis, como copos, talheres e pratos, não tem valor para o mercado de reciclagem e acabam gerando grandes volumes de lixo. A seguir, Glamurama entrega cinco alternativas para uma vida plastic free.
1. EMBALAGEM? SÓ SE FOR DE MATERIAIS RECICLADOS OU REUTILIZÁVEIS
Que tal trocar os produtos com embalagem plástica pelos que vêm em papel, vidro ou papelão? Além de decomporem mais rápido na natureza, são mais resistentes, por isso são reutilizáveis e duram mais. Hoje em dia, graças aos avanços da tecnologia, já é possível encontrar no mercado alternativas sustentáveis para o segmento, como as embalagens feitas a partir de bio resina de cana-de-açúcar, que usa etanol de cana no lugar de combustíveis fósseis tradicionais no processo de fabricação. Esta substituição contribui significativamente para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa ao longo da cadeia do plástico.
2. ‘MENSTRUAL CARE’ SEM PLÁSTICO
Determinados tipos de lixo não têm a opção da reciclagem. É o caso dos absorventes descartáveis, que ainda são usados pela grande maioria das mulheres que menstruam. Feito basicamente de plástico (polietileno, propileno, adesivo termoplásticos, papel siliconado, polímero superabsorvente e um agente controlador de odor), eles demoram muito para se decompor no meio ambiente e, por isso, vão direto para aterros sanitários após uso. Além disso, estima-se que, só no Brasil, cada mulher descarte 3 kg de absorvente por ano. Levando em conta que uma mulher tem, em média, um ciclo menstrual dos 11 aos 54 anos, gastará em toda a sua vida mais de 130 kgs de absorventes. Para mudar este cenário, marcas estão investindo, cada vez mais, em alternativas sustentáveis, como é o caso dos coletores e discos menstruais e das calcinhas absorventes.
3. LEVE A SUA PRÓPRIA SACOLA
Estima-se que até um trilhão de sacolas plásticas são usadas a cada ano em todo o mundo. Embora muitas vezes gratuitas para os compradores, elas têm um alto preço ambiental e representam grande parte do lixo presente na natureza. Levar a sua própria ecobag – de tecido, de preferência – é uma prática simples, mas que pode representar um grande impacto positivo para o planeta.
4. TIRE O PLÁSTICO DA SUA ROTINA DE SKINCARE
Muito do plástico que está poluindo os oceanos é microplástico, pedaços minúsculos que são quase impossíveis de filtrar. É possível que eles venham de itens maiores que quebraram, mas, o mais comum, é que sua origem seja de produtos de consumo, como sabonete líquido, pasta de dente e esfoliantes faciais ou corporais com micropartículas. Atualmente, já é possível encontrar muitas alternativas biodegradáveis, com grãos de café ou pequenas sementes, por exemplo. Outra sugestão é fazer o seu próprio esfoliante em casa com um pouco de mel e açúcar.
5. COMPRAR A GRANEL
Em geral, a maioria dos resíduos de plástico é gerada na cozinha. Por isso, uma das melhores maneiras de reduzir o desperdício de embalagens é levar seus próprios sacos e recipientes e estocar alimentos a granel. Comprar em potes é uma ótima opção. Fica a dica!