Em julgamento desde segunda-feira, em um tribunal de Bordeaux, na França, o enfermeiro Alain Thurin, que prestou serviços para Liliane Bettencourt, não aguentou a pressão dos tribunais. Os advogados dele entraram nessa terça-feira com um pedido de suspensão do julgamento, alegando que Thurin sofre de estresse profundo e precisa se tratar. Segundo eles, o enfermeiro tentou se suicidar no início deste ano. O pedido está sob análise judicial.
Thurin é acusado de abuso de fraqueza e cumplicidade em detrimento de Bettencourt, e de ter induzido a dona da L’Oréal a alterar seu testamento em agosto de 2011 afim de beneficiá-lo com uma doação de 10 milhões de euros (R$ 42,9 milhões), o que ele nega. Pascal Wilhelm, que administrava a fortuna de Bettencourt, e o contador dela, Patrice Bonduelle, também são acusados do mesmo crime.
Interditada judicialmente desde outubro de 2011, Bettencourt, aos 92 anos, hoje vive sob a guarda do neto de 29 anos, Jean-Victor Meyers, o responsável por cuidar da fortuna dela, estimada em US$ 40,8 bilhões (R$ 155,98 bilhões), a maior parte relativa à participação de 28% que ela mantém na L’Oréal.