Judy Sheindlin, a juíza mais bem paga dos Estados Unidos (e do mundo, provavelmente), leva pra casa todos os anos US$ 47 milhões (R$ 160,3 milhões) e considera a soma perfeitamente razoável. Funcionária pública aposentada, ela é a estrela da reality series “Judge Judy”, sucesso de décadas da TV americana, que lhe garante o salário hollywoodiano. A atração é exibida pela CBS, que foi acusada recentemente nos tribunais por alguns de seus produtores de não promover uma divisão de lucros correta.
Convocada para depor no imbróglio, Judy explicou, sem meias palavras, que no que diz respeito aos seus ganhos ela recebe exatamente aquilo que merece. “Renegocio meu contrato de três em três anos e sempre apresento os números de audiência para provar que mereço aumento. Não existiria um ‘Judge Judy’ sem mim e ponto final”, ela disse. No fim, os tais produtores não tiveram sucesso na batalha legal e a justiça acabou ficando do lado da rede.
No ar desde 1996, o “Judy Judy” é um “court show” no qual pequenos casos de família são resolvidos na frente das câmeras. Não se trata, no entanto, de encenação: todos os participantes assinam acordos reconhecidos judicialmente com a produção do programa se comprometendo a concordar com qualquer que seja o veredito da juíza de 75 anos que tem até estrela na Calçada da Fama. Portanto são obrigados por lei a cumpri-los.
Judy, que recentemente resolveu o problema de um casal divorciado que brigava pela “guarda” de um cachorro em que soltou o peludo no meio da sala de audiência (o pet correu pros braços do homem), mantém residências em várias cidades dos EUA, tem seu próprio jatinho e mora em um apartamento de US$ 11 milhões (R$ 37,5 milhões) no Montage Hotel de Beverly Hills, em Los Angeles. A fortuna pessoal dela é capaz de deixar muitos magistrados morrendo de inveja: US$ 350 milhões (R$ 1,19 bilhão). (Por Anderson Antunes)