O que te faz feliz? O conceito de felicidade pode variar de acordo com cada indivíduo, mas para a neurociência não existe fórmula, e sim a compreensão plena de que a nossa vida é feita de contrastes. Foi sobre isso a conversa de Joyce Pascowitch com a neurocientista Claudia Feitosa-Santana, que explicou alguns mecanismos que podem nos deixar menos frustrados na eterna busca pela felicidade.
“Você gostaria de voltar para um período em que você estava sofrendo? É por isso que queremos tanto felicidade e buscamos sempre estar bem: nós nunca sentimos saudade de sofrer, de estar em tristeza. Mas existe uma diferença muito grande entre felicidade e ser feliz”, começa Claudia.
“A felicidade é um momento, pode durar segundos, minutos, horas, mas não mais do que um dia. E ela vai sempre intercalar com momentos de menos felicidade, porque a nossa vida é assim, ela é feita de momentos mais felizes e outros nem tanto. Por isso que o nosso foco não pode ser estar feliz o tempo todo. Se fizermos isso, vamos nos frustrar. Precisamos ter a consciência de que a nossa vida é feita de contrastes”, conclui.
É através dessa compreensão que evitamos momentos de desconforto com nós mesmos e passamos a compreender melhor o que é ser feliz. “A questão sempre é: se a minha vida não está feliz agora, o que eu preciso fazer para ter uma vida feliz e para me sentir melhor, mas sempre com a consciência de que nós, seres humanos, somos muito mais o verbo ‘estar’ do que o verbo ‘ser’”.
A seguir, confira o bate-papo completo de Joyce Pascowitch e Claudia Feitosa-Santana.