Hoje foi dia de falar de solidariedade em sua forma mais pura. Joyce Pascowitch conversou com o Padre Julio Lancellotti, que por meio da Paróquia São Miguel Arcanjo, em São Paulo, dedica sua vida a trabalhos sociais, ajudando pessoas em situação de vulnerabilidade. Com a chegada da pandemia do coronavírus, a realidade dos moradores de rua ficou ainda mais delicada e o padre contou um pouco sobre o que tem visto e feito em prol disso. “Estou do lado daqueles que lutam, que estão em uma situação de difícil, de opressão, preconceito, como é o exemplo de pessoas com doenças, idosos, a população LGBTQI+, que muitas vezes é rejeitada…”.
Ele ressaltou que o número de pessoas morando nas ruas é preocupante e, em tempos difíceis como esses, a solidariedade tem que ganhar ainda mais espaço na sociedade: “Existe uma pandemia de solidariedade e ela não pode ser apenas uma onda. Estamos utilizando cerca de 500 máscaras por dia. Construímos na entrada da igreja um lavatório para que essas pessoas possam lavar as mãos. Nosso objetivo não é só distribuir lanches, é quebrar a falta de comunicação e fazer a leitura do olhar dessas pessoas através da máscara”.
Padre Julio ainda faz questão de frisar: “A solidariedade não é uma dimensão religiosa, é uma dimensão humana. Ela precisa entrar na estrutura econômica e politica. Trate bem o varredor de rua, veja se ele quer água, se tem álcool gel, cada um de nós pode ter um gesto solidário”. Confira esse papo iluminador abaixo: