José Mayer não joga pra perder e está se sentindo no topo do Everest com novo – velho – personagem. “O ar é rarefeito aqui em cima. Dá uma onda!”, nos disse o ator. Ele é uma releitura do Petruchio de “A Megera Domada” no musical “Kiss Me, Kate”, que tem canções de Cole Porter e foi montado no Brasil pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. A estreia para convidados foi essa quarta-feira no Teatro Bradesco, no Rio. Vem ler a entrevista! (por Michelle Licory)
“Sagacidade, prazer de viver”
“Fiquei viciado em sucesso, em coisa boa. No embalo de ‘O Violinista no Telhado’ [espetáculo de 2011], agora estou neste outro musical, que tem toda a qualidade para ser mais um… Sucesso. As músicas do Cole Porter são alegres, com sagacidade, prazer de viver. É um espetáculo sofisticado e muito bonito. E essa dupla já produziu tanto e acertou tanto que me garante que será mais uma coisa maravilhosa”, nos disse Zé.
“Não é excesso de confiança. É isso que me rejuvenesce”
“Foi um precipício que se abriu na minha frente: vamos fazer agora e é pra daqui a 30 dias. PQP! Foi uma tentação deliciosa. Estamos estreando 30 dias depois da primeira leitura! E está maravilhoso. Não é excesso de confiança. E posso falar? É isso que me rejuvenesce. Sou o Petruchio de Shakespeare!”
“O ar é rarefeito aqui em cima”
“Sempre tive piano em casa, hoje tenho um Fritz Dobbert. Toco desde que estava no segundo grau, no colégio. Bach, música clássica… Isso sempre foi presente na minha rotina, um alimento importante na carreira e na vida particular. E hoje, no vigor dos meus 60 anos, poder usufruir dessa linguagem tão poderosa… Através da música a relação é muito profunda. Para um intérprete, é tudo. Você flexa o coração do espectador. É como escalar o Everest. O ar é rarefeito aqui em cima. Dá uma onda!”
Com a palavra, Charles e Claudio
“Zé não é um ator que canta, é um cantor, tem um ouvido incrível. Já tínhamos o convidado para fazer ‘Ópera do Malandro’, mas ele estava envolvido em uma novela. Sinceramente nós o achamos um dos maiores atores de musical do mundo”.