A trama de ‘A Força do Destino’ vai chegando em seu ponto alto, quando Rubinho (Emilio Dantas) e Bibi (Juliana Paes) começam a se envolver com o crime. E mal podemos esperar para que o personagem Sabiá apareça. Vivido por Jonathan Azevedo, ele foi um divisor de águas na carreira do ator. “Foi tudo na minha carreira, eu pude me apresentar como ator para o Brasil inteiro”, lembra ele. Apesar de Sabiá ser um vilão, bandido, traficante, acabou despertando simpatia no público de tão incrível que foi a atuação de Jonathan, com direito aos bordões marrentos e engraçados do personagem. Confira entrevista com o ator:
Conte alguma curiosidade das gravações de ‘A Força do Querer’ que você lembre com carinho?
Lembro com muito carinho da primeira vez que subi a comunidade onde gravamos. Todos me receberam muito bem lá, assim como a equipe da novela. Subi várias vezes e vi minha vida mudando ali naquela ladeira. Antes subia em um determinado tempo, até que um dia levei mais de uma hora para chegar até a locação. Muitas pessoas me paravam pra falar comigo, tirar fotos e agradecer pelo personagem. Foi um momento muito marcante. Em toda a minha trajetória de vida, sempre busquei espaço na minha arte para falar do lugar de onde eu vim, para buscar recursos para esse lugar, dar estrutura para minha família. E foi ali que tudo aconteceu. Também lembro com muito carinho quando abracei a Juliana Paes e soube que o personagem não ia morrer logo, que eu assinaria um contrato. E a Juliana falou para mim que era a minha hora, que havia chegado o momento de falar tudo que eu sentia no fundo do meu coração. Eu não esqueço esse dia, foi quando tudo mudou. Aproveito para agradecer o Brasil pela recepção maravilhosa.
Está acompanhando a edição especial da novela?
Sou muito autocrítico e estou muito ansioso para acompanhar a chegada do Sabiá na trama. Na época que a novela foi exibida originalmente, não tive oportunidade de assistir porque gravávamos muito. E nas gravações não gostava de assistir porque me criticava demais, não conseguia nem dormir. Então, quando estou gravando, prefiro me dedicar, jogar para o universo e esperar que tudo dê certo. E deu certo! Agora estou acompanhando a novela e vendo como a trama se desenvolve. E a Gloria Perez é surpreendente, é uma gênia. Ela é uma luz, não só na minha vida, como na vida do brasileiro. Ela consegue fazer pulsar tantas questões que precisávamos conversar.
A novela foi muito bem-sucedida quando exibida originalmente. A que você atribui esse sucesso?
Ao elenco e à toda a equipe. O sucesso de uma novela, como pude ver, é quando autora, equipe, produção e elenco conseguem trazer uma comunhão, quando somos um só. Acho que foi a união de todos. A genialidade da Gloria, a sensibilidade das atrizes, dos atores, dos diretores. E também pelas questões que a Gloria levantou com a trama, que precisávamos conversar há muito tempo. E ela sabe fazer isso como ninguém.
Qual foi a importância de ‘A Força do Querer’ na sua trajetória artística?
A novela foi um divisor de águas na minha vida. Foi tudo na minha carreira, eu pude me apresentar como ator para o Brasil inteiro.
Que cena você considera mais importante de seu personagem e tem vontade de rever?
Uma cena marcante foi meu primeiro encontro com a Juliana Paes. Aquela mulher incrível e generosa, com um coração gigante já me dizia muito sobre o que ia acontecer na minha vida. Uma das cenas que eu quero mais rever é esse primeiro encontro do Sabiá com a Bibi. Agora vou olhar de fora e pensar: “Caraca, olha como as coisas são”.
Sempre te chamam de Sabiá?
Depois que a novela acabou fiquei muito tempo sendo chamado de Sabiá. Até começar o ‘PopStar’ e depois a ‘Dança do Famosos’. No programa e no quadro eu mostrava muito da parte pessoal, então o público passou a me abordar de outra forma. Mas esse reconhecimento tão intenso mostra a força que um personagem tem. Eu posso estar em qualquer lugar do Brasil que falam comigo sobre o Sabiá. Fico muito feliz em receber esse carinho, que acho que é fruto de todo o amor que levo na minha arte.
Você tem uma relação muito forte com a música, como está isso agora?
Não consigo largar essa minha relação com a música. Já montei outra banda e tenho um estúdio em casa. Amo o rap, meus amigos são todos do rap. Sempre que tenho um tempinho escrevo músicas, gravo e deixo essa carta na manga.