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Izabel Goulart || Créditos: Agnews
Izabel Goulart || Créditos: Agnews
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Izabel Goulart, 30 anos, conversou com a gente sobre maturidade na carreira, seu sucesso como musa fitness no Instagram [com a hashtag #BodyByIza] e um certo début que acabou de acontecer. “Foi muito calor humano, a maior sensação que tive na vida, mas não me programei pra isso. Tive a oportunidade de ir, e fui.” À entrevista!

Por Michelle Licory

“Como todas as carreiras, a de modelo atinge certos setores [da população], outros você precisa desenvolver um trabalho diferente para conquistar.” Como a top conseguiu ficar mais popular? Através do Instagram. “Rede social tem um lado bom e um ruim. Sou otimista, fico com o bom, que é a livre expressão. Todo mundo pode mostrar seu ângulo, seu ponto de vista. Aprendo muito com a visão das outras pessoas, o que acontece no dia a dia delas, e é um meio de feedback muito rápido, às vezes instantâneo. Antes as pessoas só me conheciam pela foto que sai na revista, hoje sabem mais da minha personalidade. Com a interação que a rede social permite, é possível admirar mais ou deixar de admirar alguém. Uma dica é ser você mesmo e não se importar muito com a opinião de quem não é do mesmo segmento. Mas, quando sou criticada, penso que faz parte de um crescimento.”

#BodyByIza

O que predomina na conta de Izabel no Instagram? Os exercícios que faz em qualquer lugar do mundo, para manter a boa forma. “Demorei muito para me abrir na internet: é uma função, demanda uma logística e uma responsabilidade muito grandes. Me preocupo com isso. Comecei a usar a hashtag #BodyByIza e as pessoas passaram a conhecer meu lifestyle, seguir minha rotina. Essa iniciativa agradou muito, acho que por eu ser bem verdadeira e mostrar que, quando se quer uma coisa, tem que trabalhar por isso. Em todas as áreas. É preciso ser focado, ter rotina, horário, determinação. Falo da necessidade de se ter uma hora do dia dedicada a você, não importa o que seja. Pra mim, encontrei o equilíbrio na malhação, é como tiro meu estresse depois do trabalho, desligo. Com cada comentário nas fotos, fico mais motivada. Eu leio, viu? E fico com muita vontade de responder, mas não seria justo responder alguns e outros, não. O importante é que o #BodyByIza virou uma conexão diária com esses seguidores.”

“Nunca tive um personal trainer”

O alcance do Instagram em algum momento assustou? “Não me assustou, mas me trouxe maturidade. Tenho que reconhecer que, com meu trabalho, me tornei uma pessoa pública. A fama, o assédio, isso faz parte do sucesso. Mas me obriga a ter uma responsabilidade com o que posto. Tem que ser algo bom pra todos. Por isso, nunca aponto pra pessoa o que ela precisa fazer pra ser, ou pra ter. O que eu passo é motivação. Não falo: ‘faça essa posição que vai ter um corpo como o meu’. Mas sentada no sofá você já está. Se quer ver uma diferença, a oportunidade pode estar ali: vamos tentar? É mais ou menos isso. Nunca tive um personal trainer. Isso porque nunca tive rotina e não posso contar que, quando eu chegar no meu destino final, o hotel terá os equipamentos necessários, por isso adaptei meus treinos para fazer em qualquer lugar. Fiz uma mega pesquisa para malhar sem aparelho e coloquei em teste. O que funcionou, eu deixei, o que não, tirei. Vi se me inchou demais, essas coisas. Foi um processo de mais de 2 anos pra chegar nesse equilíbrio. E fiz sozinha, é meu hobby. Nunca tive acompanhamento profissional. E a rede social me ajudou muito. Pesquisava, por exemplo, como fazer a scorpion pose. E tinha o feedback de quem já praticava. Claro que você pode ter uma musculatura mais encurtada, menos flexibilidade e tal método não funcionar no seu caso: é preciso adaptar. Meu dia está cada vez com menos horas, mais correria, então fui me adaptando.”

“Não se deve desafiar uma escorpiana”

Perguntamos: qual o local mais inusitado em que ela já se exercitou? “No avião. Estava com meu irmão nesse voo, voltando dos Estados Unidos. Ele tinha acabado de se se formar em Administração na Universidade de Miami. Eu estava muito orgulhosa porque era um menino que antes não falava nem ‘my name is’, em inglês. Aí ele disse: ‘Você impressiona todo mundo com seus vídeos, malhando todos os dias. Mas quero ver você me impressionar. Te desafio a malhar aqui no avião.’ Não, não se deve desafiar uma escorpiana. Nessa brincadeira, pensei o que daria pra fazer naquela situação: alongamento e yoga. Fiz. Vi meu irmão durante cinco anos dormindo em leituras, provas… É muita pressão para um jovem. Não tive a oportunidade de me formar. Pra mim, acho que a vida foi a maior faculdade. Agora penso em ter mais tempo para colocar todo esse meu aprendizado em alguma coisa. 2015 está sendo um ano de muitos projetos, e bem intensos, mas ainda não posso falar sobre eles. Espero que todos gostem. Mas essa palavra, aposentadoria [da carreira de modelo], não existe. O ser humano está sempre fechando ciclos e começando novos. Sou muito abençoada por todo aprendizado que já tive na minha trajetória, direcionado a vencer desafios, então estou num momento em que chegou a hora de passar isso pra frente, para  agradecer tudo que conquistei.” E filhos? “Um dia quero ter, mas ainda não é meu plano atual.”

Aprendendo com as bolhas

“Foi muito calor humano, a maior sensação que tive na vida, mas não me programei pra isso. Tive a oportunidade de ir, e fui. Esse foi meu primeiro Carnaval na Sapucaí. Me senti muito lisonjeada de estar ali e ser convidada para entrar na Avenida em cima da hora e desfilar pela Grande Rio como qualquer cidadão, na emoção: foi maravilhoso! Na passarela do samba você vive um momento intenso, cada um estava sendo si mesmo e se divertindo. Na da moda não que seja frio, mas você entra mais focada para entregar exatamente o que aquela marca precisa.” Teve site dizendo que a sandália que usava não era sua e que estava pequena no seu pé. “Claro que era minha, mas nunca tinha feito isso e nem sabia antes que ia passar por isso. Aprendi, depois das bolhas, que existe um sapato específico para sambar, com um tamanho de salto certo, tiras apropriadas. Soube também que a passista mergulha os pés num balde de gelo antes e depois de desfiar. Eu estava lá como qualquer espectador, fui com aquela sandália fininha e tudo aquilo durou 1 hora e meia! Não há pé que não escorregue.”

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