Israel Klabin passou pelos corredores da ArtRio nesse fim de semana, todo alinhado como sempre. “É que eu estava trabalhando. É para impressionar meu investidores”, brincou o empresário. Claro que a gente aproveitou para pegar umas dicas com ele… Sobre arte e crise econômica. “Nessa crise é que devemos investir em arte. Arte é um valor permanente. O valor da arte sempre se equipara ao das moedas mais fortes, passou a ser uma moeda forte também”. E como fazer isso? “A visão da arte tem que ser um olhar para o futuro, não para o passado, de modo que precisa ter um certo treino e uma certa cultura, sobretudo uma compreensão da arte moderna [contemporânea]. E tem os valores de mercado e o gosto do colecionador também…”
Nomes que ele recomendaria? “Não posso falar”, disse, assumindo a veia de comerciante. Que tal Maria Klabin? “Aí é nepotismo”, respondeu o pai da artista plástica, sorrindo. “A arte está evoluindo, saindo do abstrato e indo para o figurativo e experimental. Os artistas verdadeiros precisam ter não só talento, mas visão e trabalho. Aquele velho conceito: uma boa arte tem 95% de suor e 5% de talento. É preciso cultura. Não pode ser feita de qualquer forma por pseudoartistas”. (por Michelle Licory)