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Isis Valverde e o filho, Rael, de 1 ano e 5 meses / Crédito: Instagram

Aos 33 anos, Isis Valverde já é uma veterana da televisão brasileira e. há quase dois anos, tem exercido o seu papel principal na vida, o de mãe. Em live com Simone Zuccolotto, para o Canal Brasil, a atriz falou sobre a vida na pandemia, como superou as perdas familiares, os desafios de ser mãe, novos projetos e da enfermeira Betina, sua personagem em “Amor de Mãe”, novela que foi tirada do ar às pressas por causa da pandemia mas, segundo consta, deve voltar a ser gravada em breve. “Uma novela envolve muitas pessoas de todos os tipos, jovens, idosos. A televisão é uma mistura, então é necessário ter cuidado”, disse a atriz que, de quebra, recomendou algumas séries que tem assistido nessa quarentena: ‘Dark’, ‘Game of Thrones’, ‘Lie to Me’ e ‘The Sinner’ são as preferidas da mineirinha.

Mãe full time
Em casa com a família, Isis tem aproveitado muito o pequeno Rael, com quem está grudadinha, e garante que voltar a trabalhar não vai ser nada fácil: “Fiquei mais próxima do meu filho e tudo o que ele faz, vejo de perto. Eu vi ele falando mãe, pai, banana, e isso é incrível. Ele está amando esse momento também. Quando eu voltar a trabalhar, vou sentir muita falta”. Isis também falou sobre maternidade e a pressão social que enfrentou. Na época do nascimento do filho, atualmente com pouco mais de um ano, a atriz foi alvo de julgamentos por voltar ao trabalho logo depois do parto. “Levei um susto sobre como as pessoas pensam a maternidade. Isso me fez ficar preocupada com outras mulheres que não tiveram a mesma rede de apoio que eu. Era muita cobrança, foram sete pedras no meu telhado”, começou. “Ninguém entendia que eu tinha acabado de nascer como mãe e precisava entender o que estava acontecendo. Deixa eu decidir como é que vou criar meu filho, amamentar. Achei uma pressão muito grande. A sociedade quer te transformar em uma mãe perfeita, em uma mãe do jeito que eles idealizam na própria cabeça”, e concluiu: “Quando meu filho nasceu, o que senti foi algo muito intenso e particular. Não fiquei com medo da maternidade, mas da sociedade”.

Amor de Mãe

Na trama suspensa por conta da pandemia, além de sua personagem Betina trazer à tona a questão da saúde no Brasil, trata de outro assunto muito delicado: o relacionamento abusivo, tema que ganhou novas proporções durante o isolamento, em que as mulheres estão mais vulneráveis e obrigadas a ficarem em casa com seus abusadores.

Para viver Betina, Isis revelou que fez diversas pesquisas de campo, começando pelos hospitais: “Com essa personagem, fui aos hospitais, tanto públicos como privados. E eu ia de máscara, já vestida de enfermeira. O mais engraçado é que ninguém me reconhecia. Mas, nessa pesquisa, passei por algumas experiências traumáticas. Teve um neném de dois anos que foi tirar sangue, e foi horrível para mim. Primeiro porque não gosto de sangue, segundo porque tenho muita pena de criança. Também lidei com pacientes com câncer, doenças terminais…”.

“Já sobre a violência doméstica, fui atrás de uma juíza especializada nesses casos. Conversei com mulheres que sofreram agressão física e psicológica. Foi muito importante. Fiz cenas chocantes, tanto que não conseguia dormir direito depois, ficava muito mal. Mas essa era a realidade que eu precisava enfrentar para criar a personagem. Betina não está ali porque quer. Ninguém quer apanhar”, conclui.

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Perdas e ganhos
No final do papo, Isis falou sobre autoconhecimento em meio ao caos. Além da pandemia, a atriz perdeu o pai, Rubens Valverde, em janeiro deste ano. Para ajudar a manter a cabeça no lugar, voltou a praticar yoga e buscou dentro de si a força que precisava: “Não sou um ser de pedra que consegue driblar todas as dores em um passe de mágica, mas aprendi a conviver comigo e a encontrar o meu templo. Costumamos fazer nosso templo em outras pessoas, sem entender que uma hora elas deixam esse mundo e vão embora sem avisar. Simplesmente viram as costas por um chamado divino e vão embora. E você pensa: e agora? Essa quarentena e todos os acontecimentos que bombardearam a minha vida fizeram com que eu me voltasse para dentro. E foi esse reencontro, com essa Isis perdida, que me fez mais forte do que eu pensava”, finalizou.

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