Nova York acaba de perder um pouquinho daquilo que lhe garantia um estilo único: figura conhecidíssima nos grandes círculos da cidade, a socialite Lee Radziwill morreu nessa sexta-feira, aos 85 anos, de causa ainda não revelada. Segundo o “Women’s Wear Daily”, dias atrás alguns amigos dela a viram em boa forma e com a elegância e a alegria de sempre, razão pela qual a notícia sobre sua morte pegou todos de surpresa.
Irmã mais nova de Jacqueline Kennedy, nascida Caroline Lee Bouvier, Radziwill foi o tipo de pessoa que viu de tudo e teve encontros com praticamente todo mundo que foi alguém nas últimas seis décadas. Não somente graças ao sobrenome poderoso que carregava, mas principalmente pela inquietude que a levou a ter três profissões.
A primeira foi como atriz e por influência do bff Truman Capote. Mais pra frente, ela se aventurou como decoradora de interiores e se deu muito bem. E no fim da carreira, quando já estava com mais de 60 anos – idade em que a maioria das pessoas começa a flertar com a aposentadoria – Radziwill aceitou o convite de Giorgio Armani para ser embaixadora da marca do italiano nos Estados Unidos.
Mesmo apesar de ter sido irmã de uma das mulheres mais icônicas da história, Radziwill tinha brilho próprio e se destacava. Sempre muito bem vestida, ela fez a alegria dos colunistas sociais dos EUA principalmente nos anos 1960 e 1970, e tê-la na primeira fila de um desfile de moda sempre foi a glória para qualquer estilista.
Com três casamentos no currículo, o último com o ator e coreógrafo americano Herbert Ross, que durou entre 1988 até a morte dele, em 2001, Radziwill nunca foi tão rica quanto Jackie, mas em compensação viveu intensamente como a sister mais famosa jamais conseguiu. “Acredito que a maior riqueza da vida são as memórias que guardamos. E eu me empenho para que a maioria seja de bons momentos”, ela dizia. (Por Anderson Antunes)