Invasão total: os ataques cibernéticos mais polêmicos dos últimos tempos

De acordo com o relatório anual Norton Cyber Security Insights, 2016 foi um ano próspero para os hackers em todo o mundo, quando os ataques cibernéticos registraram uma alta de 10% em relação ao ano anterior. Apenas no Brasil, 42,4 milhões de pessoas foram afetadas, e o prejuízo total no país por conta desses ataques chegou a US$ 10,3 bilhões (R$ 32,1 bilhões).

Em anos recentes, nem Hollywood escapou do fenômeno: em 2014, um grupo autodenominado Guardiões da Paz (GOP) invadiu a rede de computadores do estúdio Sony Pictures e revelou desde detalhes sobre a trama de “Spectre”, a superprodução sobre o agente 007 que na época ainda estava sendo filmada, a trocas de mensagens entre executivos do cinema nas quais eles detonavam astros como Angelina Jolie e Leonardo DiCaprio.

Não por acaso, um dos maiores medos dos investidores para 2017 é justamente a possibilidade de aumento de ataques cibernéticos, segundo uma pesquisa da “Global Finance Magazine”, e principalmente a maneira cada vez mais criativa como eles acontecem – na semana passada, aliás, até um simpático hotel da pequena cidade de Turracherhöhe, na Áustria, foi “sequestrado” por hackers, que prenderam os hóspedes em seus quartos.

Como se trata de um assunto que está em alta, Glamurama listou cinco dos ataques de hackers mais polêmicos dos últimos tempos. Confira!

Ataque à rede do PlayStation (2011)
Ataques cibernéticos não ocorrem apenas em computadores pessoais. Em 2011, a PlayStation Network foi invadida por hackers do grupo LizardSquad, o que ocasionou na queda da rede do PS3, PS4 e do PS Vita, além de serviços relacionados aos consoles de videogame, como a loja online PS Store. Mais de 77 milhões de usuários foram afetados, e a Sony, que é dona do PlaySation, foi forçada a tirar a rede do ar por 20 dias, o que gerou um prejuízo de US$ 171 milhões (R$ 533 milhões).

Ataque à Sony Pictures (2014)
A Sony foi vítima de um ataque maior em 2014, quando hackers do grupo Guardiões da Paz (GOP) invadiram a rede de computadores da divisão de cinema da companhia japonesa, a Sony Pictures, e roubaram o equivalente a 100 terabytes de dados confidenciais, que incluíam trocas de e-mails entre executivos com comentários grosseiros sobre vários astros e estrelas de Hollywood. Até o salário de Jennifer Lawrence chegou a ser discutido por eles, que festejavam em uma das mensagens o fato de a atriz aceitar trabalhos com cachês bem menores do que muitos atores.

Celebgate (2015)
Ainda em 2014 foi a vez da Apple de entrar para o hall das empresas atacadas por hackers. Uma falha no serviço de armazenamento em nuvem da fabricante do iPhone, o iCloud, permitiu o acesso a fotos privadas de celebridades, inclusive nudes de famosas como Jennifer Lawrence (que renderam até uma mostra em Los Angeles), Kim Kardashian, Kirsten Dunst e Avril Lavigne. Todo o conteúdo roubado foi postado nos sites Reddit e 4Chan. O caso ficou conhecido como “Celebgate”.

Ataque ao site Ashley Madison (2015)
Com mais de 37 milhões de usuários, o site de relacionamentos “Ashley Madison” é voltado para pessoas que já estão em um relacionamento e querem pular a cerca. Em 2015 foi alvo de um ataque feito pelo grupo Impact Team, que resultou no vazamento de dados pessoais de seus usuários, como nomes verdadeiros, endereços, números de cartões de crédito e até detalhes sobre as fantasias sexuais deles. Precisa dizer que muita gente ficou sem dormir quando isso ocorreu?

Invasão ao sistema da Fiat Chrysler (2015)
Um dos casos envolvendo hackers que mais deram o que falar recentemente aconteceu em 2015, e não foi exatamente um ataque. Na tentativa de comprovar que o sistema eletrônico dos carros da Fiat Chrysler tinha brechas, técnicos da revista “Wired” invadiram e assumiram o controle remoto de carros da montadora. A partir
daí, eles conseguiam até desligar os motores dos automóveis. A resposta da Fiat Chrysler foi rápida: imediatamente após a revelação feita pela “Wired”, a companhia disponibilizou uma atualização de seu sistema para corrigir o problema. (Por Anderson Antunes)