A infame “Ilha da Pedofilia”, o local que Jeffrey Epstein possuía nas Ilhas Virgens Britânicas e que foi apelidada assim pela imprensa americana por possivelmente ter sido onde a maioria dos crimes sexuais atribuídos ao falecido multimilionário aconteceram, foi colocada à venda nessa semana pelos administradores do espólio dele por US$ 125 milhões (R$ 593,4 milhões).
A propriedade, na verdade, é formada por duas ilhas que juntas somam 93 hectares. Epstein comprou a primeira, oficialmente conhecida como Great St. James, em 1998, por US$ 7,5 milhões (R$ 35,6 milhões). E em 2016 ele pagou US$ 18 milhões (R$ 85,4 milhões) pela segunda, que nos autos é chamada de Little St. James. Juntas, as duas formam a maior propriedade privada da região das Ilhas Virgens Britânicas em que ficam.
Há relatos de que muitos empresários famosos, alguns ex-presidentes dos Estados Unidos e até um certo príncipe do Reino Unido visitaram Epstein por lá quando o ex-rei de Wall Street orquestrava suas “festinhas particulares”. Mas nada disso foi completamente provado, à parte aquilo que diz respeito ao tal príncipe, que no caso é o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II.
Fotos nas ilhas do ex-royal, que teve seu título de Sua Alteza Real revogado pela mãe em razão de seu envolvimento no escândalo, constam no processo póstumo contra Epstein. O julgamento já resultou na condenação, em janeiro, da ex-assessora do empresário, Ghislaine Maxwell, que poderá ser condenada a até 40 anos atrás das grades (a sentença dela sairá só em junho).
Já o dinheiro da venda das ilhas deverá ir direto para o fundo criado pela justiça americana em prol das vítimas do esquema de pirâmide sexual que Epstein criou com a ajuda de Maxwell. Outra parte servirá para pagar os advogados que ficaram com a responsabilidade de administrar os bens deixados por ele, que tinha fortuna estimada em US$ 500 milhões (R$ 2,37 bilhões), totalmente confiscada desde sua morte.
Dá um play no vídeo abaixo pra ver imagens aéreas da ilha de Epstein: