Hollywood pode ter dado as costas para Donald Trump, mas ainda tem um ou outro gato pingado de peso no showbiz que se arrisca a apoiar publicamente o presidente dos Estados Unidos, como é o caso da atriz de maior sucesso da televisão do país no momento: Roseanne Barr. Pra quem achou o nome familiar, a gente lembra que a comediante foi alçada à fama no fim dos anos 1980 e viveu o auge da carreira quando estrelou a sitcom “Roseanne”, entre 1988 e 1997, considerada até hoje pela crítica especializada uma das melhores de todos os tempos.
Em meio ao clima de revival que tomou conta da TV americana recentemente (e que trouxe de volta para a telinha “Will & Grace” e, quem sabe em breve, até a cultuada “Seinfeld”), a atração foi ressuscitada pela rede ABC no último dia 27 de março e reestreou com elogios de todos os lados e para uma audiência de mais de 27 milhões de telespectadores, cada vez mais rara para os grandes canais em tempos de concorrência acirrada com as plataformas de streaming.
A recepção foi tão grande que a ABC acaba de confirmar que “Roseanne” terá mais uma temporada em 2019, pela qual a protagonista vai embolsar um salário milionário. Em sua fase original, o programa abordava a rotina de uma família tipicamente americana e entrou para a história ao tratar de temas considerados tabus, como o uso de maconha. As novidades da nova era incluem um garoto que gosta de vestir roupas femininas e que possivelmente será revelado como trans.
Roseanne – mais conhecida pelos brasileiros por seu papel no filme “Ela É O Diabo”, no qual divide os créditos com Meryl Streep – sempre adotou um discurso mais à esquerda, porém surpreendeu alguns fãs em 2016 ao revelar que queria ver Trump na Casa Branca “porque assim não seria a Hillary [Clinton]” na residência oficial. Mais tarde, no entanto, ela explicou que a fala não foi um endosso. “A única candidatura à presidência que eu apoio é a minha”, disse a atriz, que em 2011 até ensaiou entrar na corrida para dar expediente no Salão Oval. (Por Anderson Antunes)