Que tal a atitude dos donos do hotel SeePark de Murten, uma comuna da Suíça que fica no cantão de Friburgo, no oeste do país europeu, de resolver pausar suas atividades hoteleiras para abrir as portas a fim de receber refugiados ucranianos nestes tempos de conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia de Vladimir Putin?
Considerado um quatro estrelas e com uma diária que custa em média 200 francos suíços, o estabelecimento pertence a uma família russa que há anos fincou residência em terras suíças, e é administrado pela ucraniana Lyudmyla Rigert. Foi ela que convenceu seus patrões a ajudar os conterrâneos.
Como nessa época do ano o movimento em Murten não é muito grande, Rigert argumentou que acolher os ucranianos fugidos do conflito não causaria nenhum transtorno ao SeePark ou seus proprietários, que não apenas concordaram com a ideia como ainda investiram dinheiro de seu bolso para vê-la tomar forma.
Até agora, pelo menos 200 refugiados da Ucrânia passaram pelo SeePark, que além de um lugar para dormir e tomar banho lhes dá também comida e os auxilia em seus próximos passos. Até agora, e desde o começo da guerra russo-ucraniana, pelo menos 25 mil ucranianos foram buscar refúgio na Suíça, um número que deve continuar crescendo.