Glamurama já contou da polêmica que um simples beijinho da bochecha tem causado a Leila Hatami, atriz iraniana que está sendo jurada do Festival de Cannes. Ela foi cumprimentar o presidente do Festival, Gilles Jacob, mas foi o suficiente para irritar as autoridades de Teerã, capital do Irã, que consideraram “um ato que afronta a castidade das mulheres da República Islâmica”.
Bem, a coisa complicou ainda mais para o lado da atriz, já que um grupo de estudantes do Hezbollah -em preparação para entrar na Guarda Revolucionária do Irã- pediu para ser aberto um processo contra Leila, informou o jornal inglês “Telegraph”. Na lei iraniana, as mulheres não podem ter qualquer tipo de contato físico com um homem que não pertença à própria família. A organização Hezbollah entrou com uma queixa no judiciário exigindo que a atriz seja punida. Se condenada, a pena pode ser de 50 chibatadas.
Em defesa da atriz, Gilles Jacob tuitou que isso é “um costume normal no Ocidente”. “Eu beijei, sim, a Sra. Hatami na bochecha. Naquele momento, para mim ela representava todo cinema iraniano, e não só ela mesma”, disse. Leila Hatami, que vive no Irã, atingiu a fama depois de seu papel no filme vencedor do Oscar “A Separação”, dirigido por Asghar Farhadi, cineasta iraniano. E agora?