Uma batalha judicial de anos que envolve um dos clãs mais famosos e ricos dos Estados Unidos teve um novo capítulo nessa semana, e daqueles que parecem ter saído de uma novela de Gilberto Braga. No caso da vida real, os personagens principais são Frank Chopin, que foi advogado de Henry Ford II – morto em 1987, ele comandou a Ford Motor Company durante anos e era neto do fundador da montadora, Henry Ford – e vários familiares da viúva de Ford II, a socialite Kathleen DuRoss Ford, que aos 80 anos sofre de uma doença que a deixou completamente paralizada e por isso precisa de cuidados especiais em tempo integral.
Chopin se tornou o cuidador de DuRoss Ford desde a morte do marido dela, e também desfruta de poder de procurador para administrar sua fortuna, estimada em pelo menos US$ 200 milhões (R$ 1,02 bilhão). O problema é que as duas filhas dela, Deborah DuRoss Guibord e Kimberly DuRoss, acham que sua mãe está sendo abusada emocionalmente por ele, que supostamente a forçaria, inclusive fisicamente, a assinar cheques de contas fajutas só para ficar com o dinheiro. Além das sisters, netos e uma irmã de DuRoss Ford, Sharon, também tentam afastá-lo da multimilionária.
Todos, no entanto, ficaram chocados na última quarta-feira quando um juiz de Palm Beach, onde DuRoss Ford mora em uma mansão de US$ 44 milhões (R$ 224,5 milhões) e o imbróglio é tratado pela justiça, decidiu que por hora quem tem razão é Chopin, o que por consequência faz deles os vilões da história, e não o pobre advogado. “Eles são todos uns idiotas e sempre que fazem algo assim é porque querem alguma coisa”, disse o fiel escudeiro dos Fords a repórteres logo que deixou o tribunal da cidade da Flórida onde ocorreu a última audiência do processo, que ainda não foi finalizado. Aguardem as próximas cenas… (Por Anderson Antunes)