Grupo de estilistas e varejistas europeus, comandado pelo belga Dries Van Noten, divulgam carta aberta para salvar a moda

Dries e Lacroix na última temporada de moda // Reprodução Instagram

Fashionistas e a turma da indústria da moda seguem bastante inseguros com relação ao futuro pós-pandemia. Por essas e outras, um grupo de designers europeus se uniu em torno do tema e de um plano de ação. Capitaneados pelo belga Dries Van Noten, a partir de uma serie de encontros pelo Zoom, estilistas e lojas multimarcas foram convocados a repensar o sistema atual de datas de chegada das coleções às lojas, e também de descontos e liquidações.

Uma carta aberta divulgada hoje pede que o mercado se realinhe e respeite as estações, além de ser mais prudente com as vendas especiais e sales. O grupo sugere que a coleção de outono/inverno permaneça nas lojas de agosto a janeiro, e primavera/verão de fevereiro a julho, coincidindo com o início e término das estações.

Já as datas das liquidações deveriam ser atrasadas para janeiro e julho. O primeiro impacto dessa proposta afetaria promoções importantes como Black Friday, Cyber Monday, entre outras, que geram um imenso fluxo de vendas para o varejo, porém, segundo o grupo, corroem as margens de lucro e o valor das marcas.

Pequenos e grandes nomes assinam a carta. Além de Dries, concordam com esses termos Thom Browne, Marine Serre, Paco Rabanne, Nina Ricci e grandes varejistas como Selfridges, Lane Crawford, Nordstrom e o e-commerce MyTheresa. Nenhuma das marcas dos grupos Kering e LVMH, nem as grandes cadeias de fast fashion, participaram do acordo. Ou seja, o futuro da moda segue indefinido…

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