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O grego é o mais jovem a ter derrotado o grupo ‘Big Three’ do tênis | Reprodução / Instagram
O grego é o mais jovem a ter derrotado o grupo ‘Big Three’ do tênis | Reprodução / Instagram

Número quatro do ranking mundial da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), Stefanos Tsitsipas pode não ter ganhado o torneio de Roland Garros, na França, disputado nesse domingo, em que Novak Djokovic levou a melhor de virada e em 5 sets.  Mas chamou a atenção aqueles que não acompanham os campeonatos de tênis com frequência. Tsitsipas tem um jogo forte, várias conquistas no tênis profissional (ele já venceu os três primeiros colocados do ranking), e Glamurama foi atrás da história do jovem grego de 22 anos que não está para brincadeira.

O ‘novato’ deu um susto no veterano Djokovic ao jogar muito bem e sair na frente, mas depois do jogo revelou que estava frágil por motivos pessoais. Segundo um post em suas redes sociais, apenas cinco minutos antes da grande final do Grand Slam, o atleta foi comunicado que sua avó havia falecido. “A vida não é ganhar ou perder. É aproveitar cada momento da vida, seja sozinho ou com outras pessoas. Viver uma vida significativa, sem miséria e abjeção. Levantar troféus e comemorar vitórias é algo, mas não tudo. 5 minutos antes de entrar no field [campo de jogo], minha querida avó perdeu a batalha com a vida. Uma mulher sábia cuja fé na vida e sua vontade de dar e prover não podem ser comparadas a nenhum outro ser humano que ela já conheceu”, escreveu ele, que desabou de chorar na quadra após perder para o sérvio.

Mesmo sendo vice no saibro, o grego prodígio de 22 anos caminha para uma carreira sólida. Fã assumido do suíço Roger Federer e Juan Martin del Potro, e tendo Rafael Nadal como sua “fonte de inspiração”, ele é o jogador mais jovem da história a ter derrotado o chamado Big Three: grupo composto pelo Federer, Nadal e Djokovic, considerados os três melhor tenistas de todos os tempos. Aos 20 anos de idade, o tenista já havia vencido o suíço nas oitavas da final do Austrália Open de 2019.

Já neste ano, ao perder o ATP de Barcelona para Nadal, Tsitsipas mostrou que costuma ressignificar a derrota como aprendizado. “Rafa é uma grande fonte de inspiração para mim. Nunca vi alguém lutar tanto em quadra. Ele odeia perder mais do que qualquer outro […] Joguei no limite de minhas possibilidades e isso me fará melhorar como tenista. Este jogo vai ajudar na minha evolução”, comentou.

Carregando o peso de ser o jogador grego da história com melhor posicionamento no ranking mundial, ele é filho de pai grego e mãe russa, ambos ex-tenistas. O esportista deu os primeiros passos na modalidade em um resort orientado pelos pais e, mais tarde, ingressou na escola de Patrick Mouratoglou, técnico de Serena Williams.

Em 2018, ao atingir três finais de nível ATP e vencendo seu primeiro título no Aberto da Suécia, o jovem acabou chamando atenção de uma das maiores marcas de relógio do mundo, e abriu a porta para se tornar garoto-propaganda de diversas labels. Ele também costuma ser bem divertido nas suas redes e sempre a favor do meio ambiente e sustentabilidade.

Além do esporte, o grego possui um canal no YouTube em que compartilha suas viagens pelo mundo e as suas experiências profissionais. “Nós [jogadores] viajamos o ano inteiro, estamos longe de casa, e isso não é fácil”, contou o tenista em uma entrevista ao “The New York Times”. “Por isso, carregamos algumas coisas conosco para nos mantermos felizes e motivados. O tênis vai sempre estar ali. As viagens vão sempre estar ali. Porque não ter um hobbie?”. (por Baárbara Martinez)

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