Grazi Massafera é capa e recheio da J.P de março: “Não tenho desejos megalomaníacos”

Diferente de Lívia, de “O Outro Lado do Paraíso”, Grazi Massafera diz que não passa a perna em ninguém e que foge de confusão. Aos 35 anos e emendando um sucesso no outro na TV, está querendo cada vez mais discrição

Por Thayana Nunes para a Revista J.P de março|Fotos: MaurÍcio Nahas |Styling: Juliano Pessoa e Zuel Ferreira |Beleza: Ricardo Dos Anjos (capa mgt)

Grazi Massafera está querendo alguns segundos para meditar. Pode ser durante a ioga ou simplesmente jogada no sofá. Não importa. No horário nobre da Globo há pelo menos dois anos ininterruptos, ela não vê a hora de dar aquele relax. “Quero também fazer uma viagem, tipo para Jerusalém, África… Isso, quero ver bebê tigre e bebê elefante na África”, fala, soltando um sorriso meigo, típico dela. A gente te entende, Grazi. Foram três novelas: “Verdades Secretas” – essa rendeu a ela uma indicação ao Emmy, nos Estados Unidos –, “A Lei do Amor” e agora “O Outro Lado do Paraíso”. Todas em papéis de superdestaque, claro: não poderia ser diferente, já que Grazi chegou num ponto da carreira que pode escolher suas personagens.

Na atual trama das 9, como Lívia, ela está mexendo de tal forma com os espectadores que até agora deixa dúvida se é vilã ou se é mocinha na história de Walcyr Carrasco – “ele é um gênio nessa manipulação do público”, elogia. Com certeza, um dos melhores trabalhos da atriz até hoje. “Fico tentando dar pra ela humanidade. Não quero deixá-la passar pelos acontecimentos como boba, porque acho que ela não é. Filha de uma mãe daquelas, de uma família tão autodestrutiva…” Quem acompanha, concorda: vilã mesmo é Sophia, interpretada por Marieta Severo – essa é a segunda vez, aliás, que trabalham juntas, um deleite para a dupla. “Grazi está sempre bem-humorada e é muito carinhosa, adoro contracenar com ela: tem talento, inteligência cênica e maturidade como atriz”, rasga de elogios a amiga Marieta. Já Grazi defende que “Marieta tem uma criança travessa dentro dela”. “Além de ser uma gênia da atuação.” Mas que fique claro: ela se dá bem com todo mundo nos bastidores. Dentro do Projac, Grazi é do mesmo jeito que é na vida.

Aliás, vem cá, alguma vez alguém já ouviu falar algo ruim dela? “Eu tomo muito cuidado com as minhas atitudes. Nunca vai aparecer ninguém pra dizer que eu dei um tropeço, alguma rasteira, qualquer coisa que seja. E eu venho de concurso de miss, hein? Onde as mulheres cortavam vestido da outra para boicotar.” Verdade, Grazi já participou de concurso de beleza, foi babá, trabalhou em salão de cabeleireiro, em loja de cosméticos… Só depois veio o BBB, a fama, a brilhante carreira de atriz. Hoje, por mais cosmopolita que ela seja, essa história de menina do interior que venceu na vida vai sempre estar lá. “Sabe aquela menina de cidade pequena que falava pouco, que tinha medo de tudo? Era assim”, diz ela, que complementa: “Sinto que virei atriz há pouco tempo. Não sabia que era capaz. Antes apenas exercia, mas depois me encantei pela profissão. Tem uma questão de superação. Adoro me superar”. Além do encantamento, a grana é um dos motivos para enfrentar horas e horas de gravações e assinar dezenas de contratos publicitários. Não que ela precise: “Não tenho mais desejos megalomaníacos patrimoniais”. Grazi quer mesmo é ter o suficiente para se sustentar e sustentar as pessoas que dependem dela, que não são poucas… Ela é a tia da faculdade na família, paga o curso do irmão, de vários sobrinhos… “Como eu não fiz, quando chegam para mim pedindo, eu incentivo sim. Tô investindo na educação!”, ri, com olhar de orgulho.

Não é para menos. A verdade é que esse deslumbramento que a fama traz não é o que a encanta. Um pouco sim, afinal, já foi miss e como ela mesma assume: “Tenho a juba, né? Sou canceriana com ascendente em Leão”. Mas está nessa porque a vida a trouxe até aqui, com pitadas certeiras de sorte, por que não? “Sobre a fama, uma vez ouvi de Miguel Falabella: ‘Cuidado com o seu sonho que ele pode se tornar realidade…’. A minha sorte é que eu realmente sou muito caseira. Minha vida é tranquila, chega a ser monótona de chata. É trabalho, casa e família.” Ela gosta de seguir a linha da discrição: toma todos os cuidados com Sofia, sua filha com Cauã Reymond, e não abre a boca para descrever sua relação com Patrick Bulus.

Juntos há pouco mais de dois anos, chegaram a ficar uns meses separados no fim do ano passado – a imprensa caiu em cima dizendo que, por ele ser muito rico, a família não gostava da exposição –, mas reataram e há indícios que a paixão está a mil. “Ele é mais discreto, eu gosto disso e respeito. Faço tudo para que continue assim.” A única coisa que abre é que eles gostam de “fazer exercício, ficar em casa e viajar juntos”. Conta pelo menos quem é mais romântico, Grazi? Cri, cri, cri… Nada de abrir seu coração para a gente. “Minha vida já é tão exposta…” Começamos então a rir juntas quando conto sobre os vídeos que circulam na internet mostrando ela e Mariana Goldfarb, agora ex de Cauã, como rivais. “Isso não existe, ela é uma menina superencantadora que é muito querida com a minha filha e me conquistou. Ponto. Por que as pessoas querem criar esse tipo de conflito?”, diz ela, que elogiou uma foto de Mariana no Instagram ano passado causando o maior barulho entre os fãs. Isso mesmo, Grazi, você tem mais o que fazer e tanta coisa para falar…

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