Inspirada em Jane Birkin e no movimento punk, entre outras referências dos anos 60, 70 e 80, Gloria Coelho desfilou uma coleção que mistura roupas de esporte com looks de festa nesta quinta-feira de fashion week, em São Paulo. No backstage, Gloria contou que o patchwork de algumas peças é um dos pontos forte do desfile, que mostrou vestidos, shorts e casacos de vários comprimentos com muito tule, couro, vinil e pedras Swarovski. É a segunda vez que a estilista enche de looks pretos na passarela. A primeira foi quando o seu pai morreu. Agora volta a apostar no tom escuro porque, segundo ela, “o patchwork fica mais bonito nesse tom”. Outro detalhe interessante é que o batom do desfile é o mesmo que a Gloria usa: Film Noir da M.A.C. Confira nosso bate-bola.
Glamurama: O que a moda brasileira tem de bonito?
Gloria Coelho: Não olho para a moda brasileira. A moda é do mundo, aliás, do universo. Se eu quiser fazer uma coleção sobre Marte, entro em contato com a NASA e faço uma viagem fora do espaço. Mas presto mais atenção nas pessoas do que na moda.
Glamurama: Quais pessoas?
Gloria Coelho: Tem uma mendiga em Pinheiros que eu adoro. Eu só não fotografo a roupa dela porque ela é brava, joga pedra nas pessoas, tem que ver. Mas também vejo filmes. Gosto de tudo que tem qualidade, de longas de Lars von Trier aos filmes de Harry Potter.
Glamurama: O que você nunca faria em uma coleção sua?
Gloria Coelho: Eu não tenho exceção. Tem muita coisa para aprender no mundo. Adoro a pergunta “Por que não?”. É uma boa pergunta para a vida também.
(Por Manuela Almeida)