No Dia Internacional da Mulher, Glamurama convidou Luiza Brunet, Astrid Fontenelle, Isabelle Tuchband, Adriana Barra e Didi Wagner para uma tarefa bem especial – homenagear a mulher mais importante na vida de cada uma delas. Com depoimentos emocionantes e fortes, esse quinteto elegeu as mães e as filhas como os alicerces da vida e creditam suas forças a esses personagens tão especiais e únicos. Numa data em que celebramos o poder das mulheres, suas forças e superações, esse tributo é um presente dos mais especiais. Viva!
Luiza Brunet, modelo – “A mulher mais importante na minha vida é minha mãe. Por quê? Ela se casou muito jovem, foi morar no interior do Mato Grosso, num lugar pouco provável de dar certo, teve oito filhos, perdeu dois deles; conseguiu criar todos com educação e base bem sólida dentro de todas as dificuldades e nos deu a oportunidade de começar a trabalhar supercedo. Ensinou a ter responsabilidade, formar uma família e tudo mais. Ela sofreu violência doméstica e não se deixou abater de jeito nenhum, tá inteira, linda e maravilhosa. Hoje com 77 anos é saudável, não me dá trabalho, é independente, vive a vida dela, mora sozinha, viaja o mundo inteiro. É a mulher que eu admiro mesmo. O nome dela é Alzira Botelho da Silva e é o maior exemplo de mulher pra mim porque eu convivi a vida inteira com ela e eu sei exatamente o que ela significa pra mim.”
Didi Wagner, apresentadora – “Tenho várias mulheres que me inspiram – e a autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie é uma das minhas referências mais recentes. Mas a mulher mais importante da minha vida na verdade são três: minhas filhas Laura, Luiza e Julia. Acredito que elas vão se tornar mulheres fortes, emponderadas e com conceitos feministas que estão desde já fazendo parte da sua formação.”
Astrid Fontenelle, apresentadora – “Sem dúvida é a minha mãe, Malu Fontenelle. Dela herdei além dos jeitos e trejeitos, a personalidade de mulher forte, batalhadora. Cresci ouvindo mil conselhos; trabalhar para ser independente, ser feminista ao lutar por direitos iguais, mas nunca deixar de ser feminina, vaidosa, no sentido de se cuidar bem. Ela falava, por exemplo, dia das mães é meu dia e não da casa, não me dê açucareiro! Um dia ganhou de presente de aniversario de 10 anos de relacionamento, um forno de microondas! Botou o cara pra correr com o forno na hora. Também me ensinou desde muito garotinha a não ser preconceituosa, discriminatória. Fui a primeira leva de crianças no Rio, filha de pais divorciados, antes eram desquitadas. Palavra carregada de preconceito. Ela só me dizia que nada era absurdo e nem eu era diferente. O casamento dela não deu certo e ok. Cheguei a não ser aceita num colégio de freiras por causa disso e sabe o que ela me disse? Que não seria o colégio que não me aceitaria. ELA é que não queria mais eu estudando num colégio tão reacionário!”
Isabelle Tuchband, artista plástica – “A mulher mais importante pra mim? A minha mãe, Marlene Tuchband. Ela era tenista profissional e foi campeã paulista de tênis. É uma mulher forte, decidida, sem medo de nada. Divertida, sincera e muito musical. Ela teve aulas de canto com a Inezita Barroso, acredita? Toca piano, violão… Teve uma floricultura, cultivava orquídeas e ama animais- principalmente os pássaros. Cozinha tão bem e sempre me fazia fantasias incríveis de Carnaval. Uma mulher autêntica. Amo minha mãe.”
Adriana Barra, estilista – “A mulher mais importante na minha vida sem dúvida alguma é a minha mãe. Foi ela quem me ensinou tudo, cuidou e cuida de mim até hoje, me ama como ninguém e é a maior for do mundo – inclusive se chama Rosa.”
Sarah Oliveira, apresentadora – “Eu não tenho uma ídola, tenho mulheres que admiro demais e me fazem acreditar que eu vou seguir minha vida da maneira forte e cheia de afeto que eu tanto prezo. Sou filha de uma super mãe e avó, que trabalha muito, Maria de Fátima Vidotto, minha mãe, é psicanalista e tem seu consultório lotado, atende até tarde da noite, mas se organiza totalmente pra pode me ajudar com as crianças. Cresci com ela neste ritmo insano e sempre atenta aos filhos e aos amigos dos filhos, me ensinando o poder (no sentido da força) e a liberdade que trabalhar com o que se gosta, pode trazer a todos, mas principalmente para mulher. Então minha mãe é uma referência pessoal. Uma referência musical, pensei na Patti Smith, compositora, escritora, fotógrafa, artista de uma sensibilidade singular. Patti Smith fodona, sempre a frente de seu tempo, sempre determinando, sempre fazendo o que deseja. A gente tem que lutar pra fazer o que deseja. Eu agradeço as estas duas referências, por me inspirarem neste sentido.” (Por Matheus Evangelista)