Um dos destaques da 34ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo é o filme “Lope”, uma coprodução Brasil-Espanha dirigida por Andrucha Waddington. Glamurama aproveitou que ele esteve aqui em São Paulo nos últimos dias pra conversar com o diretor. Confira!
Você costuma vir à Mostra? Como está sendo a repercussão de “Lope”?
“Sim, eu gosto da Mostra, venho sempre que posso. Desta vez, fico entre Rio e São Paulo para poder acompanhar algumas exibições aqui. ‘Lope’ foi lançado na Espanha e foi muito bem, depois, fechou o Festival de Cinema do Rio.”
“Lope” é uma coprodução. Você acha que este é um caminho a ser desenvolvido pelo cinema nacional?
“Não penso muito nisso. O que tem que acontecer é você se apaixonar por uma história, ter obsessão para contá-la, seja como for. Mas é claro que estas coproduções são uma arma do cinema independente para conseguir levantar investimentos e fazer filmes que talvez não fossem possíveis sem esta ajuda.”
Logo mais vai ser lançado o DVD “Ao Vivo Lá em Casa”, de Arnaldo Antunes, que foi dirigido por você. Ele envolve um show e também entrevistas, como um documentário. Tem algo que te agrada mais: trabalhar com ficção ou com a realidade?
“Pois é, estamos até pensando em levar este especial para o cinema. Então, eu me divirto muito fazendo documentário, porque você tem que ser muito rápido para não perder o realismo da ação porque não tem como voltar. Na ficção, o gostoso é que você cria uma realidade. Mas acho que o importante é usar o que cada um tem de melhor, como o improviso do documentário, por exemplo. Se você souber usá-lo na ficção, tem muito a ganhar.”