Neste fim de semana a cantora Adriana Calcanhotto se apresenta em São Paulo depois de um intervalo de quatro anos, com o novo projeto infantil dela, o “Dois”, sob o pseudônimo Adriana Partimpim. Em entrevista ao Glamurama, ela conta sobre a experiência como cantora, escritora e até militante política, fala sobre o que a surpreendeu nessa nova área e o que espera do futuro.
De onde vem a vontade de cantar para o público infantil e o que mais te surpreendeu quando começou a trabalhar com crianças?
"Do desejo de transmitir música e poesia para as crianças e da vontade de trabalhar com a música de forma mais lúdica. A abertura dos adultos que participam do projeto, a alegria e disponibilidade das pessoas para aderir ao projeto me surpreenderam muito."
O que este novo CD traz de diferente em relação ao outro?
"O ‘Dois’ tem sua cara própria e era isso o que eu queria, nunca pensei em fazer uma continuidade do primeiro. Talvez por isso tenha levado cinco anos para fazer o ‘Dois’."
Em outras entrevistas, você disse que sempre pensou em não ter filhos. Continua com essa ideia ou mudou?
"Continuo com essa ideia. Adoro filhos, dos outros."
Depois do lançamento do “Adriana Partimpim: Um” você lançou o álbum “Maré”. A intenção é continuar tocando os projetos infantis e os “adultos”?
"Vou deixando acontecer, acredito que seja a maneira mais sábia de levar a vida."
Além de Calcanhotto e Partimpim, tem ainda a Adriana escritora. Seu primeiro livro foi baseado em um acontecimento pessoal. Tem vontade de fazer outro? Faria ficção?
"Gostei da experiência de escrever em prosa, às vezes penso em escrever de novo, mas não é compatível com a vida na estrada, os shows demandam toda a minha energia e foco."
Você faz parte do Movimento Marina Silva e até criou uma música em homenagem a ela. Sempre foi ligada à política? Já militou por outros partidos?
"Embora tenha sido filiada ao PT desde o ano de seu fundamento – agora estou filiada ao PV – nunca votei em partidos e, sim, em indivíduos em quem acredito. Ligo e me ofereço para trabalhar, assim foi com Roberto Freire, Fernando Gabeira e Marina Silva."