Jornalista, apresentadora, escritora, cantora, atriz… Marília Gabriela seguiu os rumos que apareceram no caminho dela. Como não poderia deixar de ser, ela aceitou mais uma dessas propostas da vida e agora faz a terceira passagem pelo SBT. Ao Glamurama, ela falou sobre o desafio de voltar à tevê aberta, sobre a carreira e a vontade de entrevistar o patrão, Silvio Santos.
Como se sente ao voltar, como apresentadora, à tevê aberta? Já sente as reações do público?
“É engraçado porque já sentia as reações das pessoas antes de começar o programa no SBT. Caminhando pela rua, pessoas que habitualmente não têm contato com tevê a cabo, já diziam ‘que bom que você vai voltar’. Os números dessas duas primeiras entrevistas já foram muito bons, muito significativos.”
O que te fez voltar ao SBT?
“Soube pela internet que eu tinha ganhado um Troféu Imprenssa. Liguei para o SBT para saber melhor, conversar, e me chamaram para fazer um programa. Fiquei pensando no assunto e, como este é um bom ano jornalístico, topei. Nunca fui infeliz lá, agora estou mais feliz ainda. Está tudo tão mais profissionalizado, tão diferente, mais apurado.”
Quais são as pessoas que você ainda tem vontade de entrevistar? Silvio Santos continua na lista?
“Ainda tem muita gente que quero entrevistar. Algumas das próximas entrevistas são com o José Dirceu, Fernando Henrique Cardoso, Chitãozinho e Xororó, Íris Abravanel. E continuo na lista dos que enchem o saco do Silvio, sim. Vou perturbá-lo até o dia em que ele me expulsar ou topar. Gosto de levar pessoas que tenham o que dizer, até o Latino já chamei.”
Já se sentiu constrangida em alguma entrevista?
“Ah, isso já aconteceu. Um dia, fui entrevistar o Dennis Hopper, em Los Angeles. Estava falando com ele quando, de repente, ele começou a gozar do meu inglês. Fiquei putíssima, mas me controlei. Aí falei para ele: ‘tudo bem, podemos continuar a entrevista em português’. E a entrevista continuou depois numa boa. Nós, jornalistas, temos sempre que contar com isso, essas situações podem acontecer sempre.”
Por sua exposição na TV, como jornalista e atriz, você acaba se tornando uma pessoa muito conhecida. Sente-se incomodada de ser uma “celebridade”?
“Essa palavra ficou desgastada, né?! Célebre é quem faz por merecer. Hoje, celebridade é qualificação de qualquer pessoa que aparece em público. Eu, desde os 20 anos, faço televisão, sou ‘famosa’ por força de circunstância. Estou muito acostumada, tem época em que isso me enche o saco, tem época que não. É uma realidade, não tem nada a fazer.”