Pedro Andrade, brasileiro que faz sucesso em Nova York, bate um papo com o Glamurama.

Prestes a completar 31 anos, Pedro Andrade já estudou jornalismo, trabalhou como modelo, comanda dois programas na tevê norte-americana e ainda dá palpites no “Manhattan Connection”, do GNT. Conhecedor de todos os cantos de Nova York, o rapaz conta ao Glamurama como foi o início de tudo e que, mesmo morando há quase dez anos lá, “é extremamente orgulhoso das origens”.

* Você começou a estudar jornalismo e parou para seguir a carreira de modelo. Como foi esse período?

“Cursei três anos de jornalismo no Rio. No último período, tive a oportunidade de viajar o mundo como modelo e decidi que o aprendizado que ganharia com essa experiência seria mais válido do que o que seria ensinado numa sala de aula. Durante três anos, fiz o circuito de moda Milão-Paris-Londres-Nova York, aprendi a falar línguas e conheci lugares incríveis. Sempre soube que era um jornalista trabalhando como modelo e não um modelo procurando um bico em outra carreira.”

* Você escolheu Nova York ou Nova York escolheu você?

“Confesso que me sinto privilegiado por morar numa cidade que pude escolher espontaneamente. Acredito que, na maioria das vezes, as pessoas vivem em determinado lugar por conta da profissão, família, casamento ou circunstâncias individuais. Desde a primeira vez que vim a Nova York, sabia que eventualmente iria me mudar para cá. No entanto, sou extremamente patriota e orgulhoso das minhas origens. Adoro o Brasil.”

* Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas quando você chegou à cidade?

“Costumo dizer que essa cidade tem uma forma peculiar de testar qualquer pessoa que decida se mudar para cá. A adaptação nunca é fácil e o estilo de vida e o ritmo do cotidiano são muito diferentes do resto do mundo. Todo mundo tem um objetivo, uma história e uma estratégia, o que torna o mercado extremamente competitivo, porém interessantíssimo e fascinante.”

* Você sentiu algum preconceito por ser um brasileiro fazendo sucesso nos Estados Unidos?

“Desde o início, ouvi muita gente dizer que o fato de eu ter sotaque ou ser estrangeiro ia me limitar a emissoras latinas. Para mim, esse obstáculo representava nada mais que um desafio. Acredito também que cheguei aos Estados Unidos numa época boa para o Brasil. A música e outros fatores brasileiros estavam ‘em alta’. No fim das contas, o que chamou a atenção do mercado americano foi o meu trabalho, e não a minha nacionalidade.”

* Você tem vontade de vir para o Brasil e ter um programa seu aqui?

“Não anulo nenhuma possibilidade. Agora, neste exato momento, tenho um contrato sólido com a NBC e amo o meu trabalho, mas, no futuro… quem sabe?”

* Você conhece Nova York muito bem. O que tem nessa cidade que mais chama a atenção?

“É parte de o meu ofício visitar e pesquisar sobre todos os aspectos da cidade, por isso, escolher o que mais chama a atenção, é difícil. Mas, acredito que seja a energia e o mar de possibilidades que Manhattan oferece. A ideia de estar em um lugar onde sonhos realmente têm o potencial de virar realidade, não tem preço.”

* E no Rio de Janeiro, sua cidade natal?

“Já viajei muito e confesso que nunca vi cidade mais linda que o Rio. Sinto falta da praia de Ipanema, do Jardim Botânico, do Cristo Redentor, do cheiro de maresia, do gosto do Mate Leão do Bebê Lanches e da minha família, é claro.”

* Como é trabalhar no “Manhattan Connection”?

“Tenho orgulho do meu trabalho lá e admiro muito a equipe toda. O convite rolou depois de uma entrevista que dei ao programa. Não tinha ideia que em breve estaria dividindo a bancada com Lucas Mendes, Caio Blinder, Ricardo Amorim e Diogo Mainardi. Minha relação com eles não podia ser melhor.”

* Com que frequência você visita o Brasil?

“Não tenho ido ao Brasil tanto do quanto gostaria. Acredito que em parte pela minha carga horária aqui nos Estados Unidos. Quando vou, tento ir à praia, bebo água de coco, tomo a “caipisaquê” do Spot em São Paulo, como no Sushi Leblon, bato perna no Leblon, passo tempo com a minha família e quando o assunto é noitada, tenho bons amigos de longa data e confio nos roteiros que eles sugerem.”

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