Não tem como pensar no Carnaval do Rio deste ano e não lembrar de Paola Oliveira. De uma “loira aguada no samba”, como ela, cheia de bom humor, se define no passado, agora ela é um dos grandes destaques da Sapucaí. Além de Rainha da Bateria da Grande Rio, a atriz encara o posto de musa do Camarote da Brahma, o mais importante da avenida. Glamurama, claro, bate um papo com ela, que, você, glamurette, confere agora.
* Este é um ano bem especial para você…
Eu acho que sim! É um ano bem especial. Já comecei com um trabalho de peso na tevê, a vilã de “Cama de Gato”, Verônica. Quanto ao Carnaval, recebi uma notícia inesperada, ser musa do camarote da Brahma em um aniversário tão importante, além de ser a Rainha da Bateria da Grande Rio. Não tem mulher que não fique lisonjeada com dois títulos tão incríveis. Melhor impossível.
* Todo mundo sempre fica curioso com relação à preparação para a maratona do Carnaval. Você fez algo em especial?
A primeira coisa é que eu tenho medo de não aguentar a avenida toda. Parece que não, mas a Sapucaí é gigante. Como eu fico à frente da bateria e nós somos os que ficamos mais tempo no Sambódromo, tive de intensificar o aeróbico. E já corri tanto que devo ter dado a volta ao mundo! E, claro, tive de fechar a boca um pouquinho, deixar de comer as delícias da vida. Nesses momentos não tem jeito, a gente tem de comer menos. Mas vale totalmente a pena, não é um compromisso, é um prazer.
* Sua ligação com o Carnaval vem desde a época em que você não era famosa?
Era uma paulista no Carnaval, uma loura aguada no samba. Não conhecia de perto, não ia a desfiles… Via tudo pela tevê. Era tudo muito distante. Quando veio o primeiro convite para ser Rainha eu era uma paulista toda errada!
* E o samba no pé?
Tenho samba no pé total, não sei de onde tirei. O mais difícil foi me adaptar a sambar com a fantasia, que sempre é um pouco desconfortável.
* As pessoas mudaram a forma de tratar você por conta das maldades da Verônica?
É engraçado, a forma de carinho e a manifestação das pessoas muda quando você interpreta uma vilã. O elogio passa a ser ‘você é horrorosa, péssima…’. É estranho, mas é uma vitória esse tipo de abordagem. Pela minha personalidade não achavam que eu fosse ser crível, que eu fosse conseguir fazer uma vilã de verdade. Portanto acho a reação das pessoas plausível e eu fico muito feliz. As pessoas xingam, mas ao mesmo tempo dizem: ‘está linda no Carnaval, hein?’.