Glamurama já assistiu alguns dos principais concorrentes do Globo de Ouro, prévia do Oscar que aconteceu neste domingo, nos EUA. Aqui, fazemos nossas apostas.
“Ela”, de Spike Jonze, é sensível, poético e retrata novas formas de amor num futuro não muito distante. A história roda em torno de Theodore, um homem recém separado que se apaixona por Samantha, a voz de um computador. Aestética do filme foge um pouco da de Hollywood, é mais suave, mas a trama é tão interessante – e tão atual – que chama a atenção até dos adoradores de blockbusters. No elenco, Joaquim Phoenix e Amy Adams, os dois grandes nomes do cinema atual, merecem cada elogio quanto às suas atuações. Ele poderia bater Leonardo DiCaprio no Oscar, mas… a academia está devendo um prêmio a Leo. Vai agradar os românticos (e os cinéfilos).
“Trapaça”, de David O. Russell, é um dos melhores do ano: os atores estão brilhantes – principalmente Christian Bale, que está irreconhecível –, o figurino é divino – o filme se passa nos anos 70 então espere muitos brilhos, decotes, óculos enormes e muito glamour – a trama, sobre um golpista e sua amante que são forçados a atuar junto ao FBI, te deixa com o olhar fico na telona do começo ao fim do filme. Não à toa, o filme levou três prêmios ontem: Melhor Filme de Comédia, Melhor Atriz de Comédia para Amy Adams e Melhor Atriz Coadjuvante de Comédia para Jennifer Lawrence. Aliás, Jennifer conquistou de vez seu espaço em Hollywood, mas não deve repetir a façanha do ano passado e ganhar o Oscar também.
“O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese, é digno do diretor. A começar pela trilha sonora que (sempre) chama atenção, com Cypress Hill, Foo Fighters e Ahmad Jamal Trio. A história, real, é sobre a vida de Jordan Belfort, um corretor da bolsa norte-americana que ganhou milhões de dólares ainda jovem e se envolveu em crimes do colarinho branco, além do envolvimento com drogas e prostituição. Ponto para Leonardo Dicaprio no papel principal, e Jonah Hill, outra promessa de Hollywood. Engraçado, inteligente e eletrizante. Leo deve levar o Oscar de Melhor Ator! Curiosidade: nunca antes um filme não documental tinha usado tantas vezes a palavra FUCK. Foram ao todo 506 vezes.
“A Propósito de Llewyn Davis”, dos irmãos Coen, é o mais cult deles e foi eleito pelos críticos americanos como o melhor filme de 2013. Com previsão de estreia para fevereiro no Brasil, o filme mostra um pedaço da vida de um músico folk, quando o estilo ainda nascia (Bob Dylan ainda não “existia” musicalmente). Bonito e leve, mas não é a cara de Oscar. Os apaixonados por cinema vão gostar, os demais pode ser que não, pois o filme é lento e melancólico.