Glamurama bate papo com Lobão: “Videoclipe é muito cafona e demodê!”

É sempre um auê cada vez que uma estrela internacional lança um videoclipe na internet. Milhões e milhões de visualizações acontecem ao mesmo tempo em várias partes do mundo, e as redes sociais funcionam como o desejado “boca a boca” tecnológico, para a alegria -ou tristeza- do artista. Mas tem gente que quer o fim do clipe: Lobão. Glamurama bateu um papo com o polêmico rockstar, que sentenciou: “Clipe é muito cafona, é muito demodê”. Ah, ele também falou sobre o novo projeto que lança nesta sexta-feira. Trata-se de uma música na qual ele toca todos os instrumentos, sem a ajuda de ninguém. Confira as declarações do lobo do rock nacional.

Galã no clipe – “Clipe é uma porcaria. A TV tem que ter muitos concertos ao vivo, pessoas tocando. Videoclipe imprime uma emoção antes de você sentir a emoção. Se você fechar os olhos, você sente a música. Agora, se você fechar e tem um galã dando um beijo na hora do refrão, você acaba com a sua capacidade de abstração. A música vira uma trilha sonora do clipe. Clipe é muito cafona, é muito demodê.”

Favoritos – “Queremos coisas boas para ver. Estamos com a melhor geração de músicos do Brasil. Tem uns que já quase estão entrando na menopausa… Mas para mim tem o Canastra, Cachorro Grande, BNegão, Vespas Mandarinas…”

Popstar – “O jovem que não quer ser músico, quer ser artista, é contra o autor, contra o músico. É um câncer que está se alastrando pelo território nacional. É muito triste saber que o jovem só quer o glamour, ser um popstar. Tem também aquela barreira do rádio, do jabá.”

Indivíduo – “Gravei uma música contra o coletivo. Acho que o indivíduo é a célula da sociedade e não o coletivo. Um bom indivíduo pode ser um bom coletivo, um coletivo não pode ser um bom indivíduo. Fiz a música, a letra, toquei todos os instrumentos e o back vocal.”

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