Recentemente falamos um pouco sobre quem é Emily Adams Bode, primeira mulher a desfilar uma label masculina na semana de moda de Nova York e vencedora do prêmio Designer Emergente do Ano no CFDA deste ano. Mas sua marca, a Bode, merece destaque especial. Emily inova ao fazer o velho parecer novo com seus tecidos vitorianos e de roupas de cama francesas dos anos 20, que viram blusas, camisas e calças, e outras peças cheias de charme. E é exatamente essa originalidade que faz da Bode uma marca única. Sobre o amor pelo vintage, Emily revela que o interesse vem de sua mãe e irmã. “Tenho antiguidades desde que eu era uma garotinha. Também trabalhamos com revendedores antigos em todo o mundo. Gosto de fazer essa procura sozinha – seja em mercados de pulgas ou às vezes online”, disse a estilista em entrevista ao site da CFDA.
Emily sempre surpreende em suas criações. Ela já chegou a usar uma colcha de retalhos de seda do início do século 20 que veio com a compra de cigarros e tabaco. Para conseguir utilizar o tecido, a colcha passou por uma restauração minuciosa, para acabar com todas as manchas e defeitos. Também são hits da estilista jaquetas acolchoadas e camisas bordadas, sempre com uma história por trás. Segundo Emily, seu trabalho é “atemporal, histórico e confortável”. “Sempre fui atraída pela moda masculina. Pedi para usar o uniforme de menino quando criança, porque para mim era a morte ter que usar peças femininas no inverno. Além disso, adoro criações inspiradas em roupas de trabalho”, revela. A mágica acontece pelo fato de Emily trabalhar bastante com tecidos femininos, o que garante uma estética genderless. E é toda essa sensibilidade e criatividade que colocaram Emily e sua marca no foco do universo da moda.