Muita coisa já aconteceu na vida de Giovanna Lancellotti desde o início de sua carreira. Com diversa novelas em seu currículo, a atriz de 27 anos também já embarcou no mundo do cinema e das séries. Com dez anos de trabalho nas telinhas, ela também relembra de como foi estrear nos cinemas com o filme “Entre Abelhas”, lançado em 2015, ao lado de Fábio Porchat. “Realização de um sonho”, revelou ao Glamurama. A produção, que foi seu debut do cinema, acaba de entrar no catálogo da Netflix. Costurando a rotina entre novelas e filmes, a artista agora grava a nova série do mesmo streaming “Temporada de Verão”.
Com tanto trabalho em vista, um descanso sempre vai bem! Um dos lugares que Giovanna mais gosta de relaxar é Fernando de Noronha, que não visita desde o Carnaval de 2020, um pouco antes da pandemia do novo Coronavírus começar. Ela entrega que tem uma ligação espiritual com a ilha e muitas histórias importantes para contar: “É um lugar que me conecta muito comigo e com minha essência, a natureza”. Confira nosso papo completo. (por Luzara Pinho)
Glamurama: Desde a estreia de “Entre Abelhas”, se passaram 6 anos. O que você lembra da época das filmagens?
Giovanna Lancellotti: Foi o meu primeiro filme, a realização de um sonho. Lembro de pensar “Meu Deus, vou fazer cinema!”. E lembro quando recebi o convite. Foi o Fábio Porchat quem me ligou e eu já fiquei super animada por ter sido chamada por ele pessoalmente, animada em trabalhar também com o Ian (SBF, diretor e roteirista do filme) que eu conhecia na época só através do “Porta dos Fundos”, mas já admirava. Foi um elenco muito bacana e engraçado. Por mais que a temática do filme fosse séria e o projeto não fosse uma comédia, mesmo assim o elenco era engraçado com o Fábio, o Marcos Veras, Helo Bianco, Letícia Lima. Uma experiência gostosa.
G: O filme trata de uma temática forte, a depressão. Considerando que o filme entra no catálogo da Netflix agora, como você acha que esse contexto se encaixa nos dias de hoje?
GL: Acho importante mostrar que a depressão se apresenta de várias formas. No caso do personagem do Fábio, ele foi deixando de ver as pessoas e as coisas mais importantes da vida dele, e é um pouco o que acontece, né? Graças a Deus nunca tive depressão, mas amigos já tiveram e passei por vários processos junto deles e sei o quanto realmente é difícil de enxergar algumas coisas, tomar a iniciativa para se ajudar. Temos que estar atentos aos sinais e as pessoas que a gente gosta.
G: Tanto tempo depois, como avalia a evolução da sua carreira?
GL: É interessante como as coisas mudam – e que bom que mudam! Evolui muito como artista, aprendi demais nesses anos. Avalio de uma forma bem positiva. Hoje em dia tenho mais filmes no meu currículo do que novelas, tenho conseguido alcançar os meus objetivos através do meu trabalho e isso me faz muito feliz!
G: Por falar nisso, hoje você tem um filme da Netflix, “Ricos de Amor”. Como é fazer parte de uma produção própria do streaming?
GL: Amei demais esse filme e ainda mais que as pessoas também gostaram. Recebo feedback dele até hoje e de diferentes partes do mundo. Esse primeiro trabalho com a Netflix expandiu bastante a minha carreira e me proporcionou experiências novas.
G: Curte mais fazer filme ou novela? Algum trabalho para a TV em vista?
GL: Nunca consigo escolher entre as formas de arte (risos). Amo os dois de maneira diferente. Cinema sempre foi um sonho meu e hoje tenho oportunidades ótimas. Esse ano estreio dois longas: “Nada É Por Acaso” e “Incompatível”. A novela exige um outro lugar nosso como profissional, temos um retorno quase que instantâneo do público e isso interfere constantemente na trama, o que exige sempre a nossa atenção e traz novos desafios. Por enquanto estou gravando a série “Temporada de Verão”, da Netflix, mas tenho lido algumas coisas.
G: O que tem feito nos últimos tempos, com a pandemia parando tudo?
GL: Em 2020 passei grande parte do ano com a minha família no interior, em quarentena. Quando flexibilizou um pouco mais no início do segundo semestre, foi quando voltamos aos poucos com os trabalhos. Durante a quarentena descobri alguns novos talentos e também me dediquei a outros que tinha parado por conta da correria da vida, como pintar.
G: Em suas redes você está sempre compartilhando fotos suas em lugares paradisíacos… por exemplo, você é habitué de Fernando de Noronha. Dá impressão de que está sempre de férias… Como organiza seu tempo nesse sentido?
GL: Eu amo praia! Faz tempo que não vou a Fernando de Noronha, a última vez foi no Carnaval do ano passado, antes da pandemia. Eu já fui para lá mais de 10 vezes, para mim é uma necessidade. Esse ano todos os meus amigos foram, mas eu estou trabalhando. Dá um apertinho no coração (risos), mas a prioridade é sempre meu trabalho, então quando der eu volto.
G: Qual sua ligação com a ilha?
GL: É uma ligação muito forte, acho que até espiritual também. Já tive muitos momentos importantes e decisivos em Noronha, além de muitos inícios de ciclos e encerramentos também. É muito louco falar isso, mas realmente é uma ilha que faz parte de muitos momentos importantes da minha vida. Eu tenho uma relação muito grande também com as pessoas que moram lá, os nativos. Amizades, pessoas que eu fico ansiosa para voltar e rever… Sem falar do lugar né? Uma janela de Deus ali. É um lugar que me conecta muito comigo e com a minha essência, a natureza.
G: Que lugar ainda não conhece e sonha em visitar algum dia?
GL: Nossa, existem tantos lugares. A Austrália é um lugar que sonho conhecer e também quero muito um dia ver a aurora boreal.
G: Qual a primeira coisa que quer fazer após o fim da pandemia?
GL: Quando as coisas estiveram mais calmas, ir para Noronha, com certeza (risos).