Glamurama descobriu mais sobre o documentário que André Midani vai ganhar das mãos de Andrucha Waddington e Mini Kerti. Ele, responsável por lançar a bossa nova e o tropicalismo, além de investir em peso no rock nacional dos anos 80, vai ter sua história de vida na música retratada -lembrando que hoje ele tem 81 anos. O longa vai ter entrevistas com vários músicos que fizeram parte de sua trajetória, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, que, por sinal, foram entrevistados na casa da família Midani nesse sábado, na Gávea, Rio. O documentário, ainda sem nome, deve ficar pronto no final do ano.
O encontro nos domínios do casal Gilda e André Midani reuniu, além de Gil e Caetano, Flora Gil, Andrea Franco, Emilio Kalil e Pedro Waddington -diretor e filho de Andrucha Waddington, que ajudou na gravação.
Em tempo: André Midani é sírio, mas passou a infância e adolescência em Paris. Ele se mudou para o Rio nos anos 50 para não lutar na Guerra da Argélia (1954). O seu primeiro emprego aqui foi na gravadora EMI-Odeon. Nos anos 60, fundou a gravadora Imperial Discos. No final da década foi convidado a ser o presidente da Philips (atual Universal Music) no Brasil. Já nos anos 70 ele foi parar na Warner no Brasil e, mais tarde, morou na Argentina e no México. Em 1990, partiu para Nova York, assumindo o cargo de presidente da Warner para a América Latina. E, mais tarde, virou presidente da Warner Internacional.
A partir de 2000, o executivo virou membro do Conselho Consultivo da gravadora e voltou a morar no Brasil, trabalhando na ONG Viva Rio. Em 2004, a convite do então Ministro da Cultura, Gilberto Gil, fez o papel de Comissário Geral do “Ano do Brasil na França” (2005). Em 2008, lançou o livro “Música, ídolos e poder – Do vinil ao download”. Em 2013, o Instituto Cultural Cravo Albin fez uma exposição em homenagem a ele, “A magia do disco – André Midani”, com curadoria de Heloisa Carvalho Tapajós.